Agência Senado - O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) desafiou nesta terça-feira (5) o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, a pedir ao Supremo Tribunal Federal a nulidade do processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, que tramita na Câmara dos Deputados.
Isso porque José Eduardo Cardozo, ao defender Dilma nesta segunda (4), na comissão especial da Câmara que analisa o processo de impeachment, afirmou que o processo é nulo por infringir direitos constitucionais da presidente da República, disse Aloysio Nunes.
O senador também criticou o argumento usado por Cardozo para justificar as chamadas pedaladas fiscais praticadas pelo governo. Aloysio Nunes reconheceu que, nos mandatos dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luís Inácio Lula da Silva, houve ocasiões em que dinheiro de bancos públicos cobriu despesas da União temporariamente, em períodos curtos e em valores que não ultrapassaram R$ 500 milhões.
No caso de Dilma Rousseff, acrescentou o senador, as pedaladas ultrapassaram R$ 40 bilhões e muitas despesas foram feitas em ano eleitoral, com o intuito de reeleger-se. Além disso, o tempo que o governo demorou para ressarcir os bancos públicos foi muito maior, disse ele.
O senador afirmou ainda que se a tese do governo prosperar e o impeachment não for aceito, Dilma Rousseff não terá condições de governar o país.
— Que governo fará a presidente Dilma a partir daí? Os senhores conhecem a expressão ‘cachorro que caiu do caminhão em dia de mudança’? Cai e não sabe para onde ir. O que será um governo Dilma, uma pessoa que não tem ideias claras, não tem diagnóstico [sobre os problemas do país], não tem autoridade política, que terceirizou o governo para o seu patrono, o Lula. E que se apoiará numa base parlamentar constituída no que existe de mais fisiológico, de mais atrasado e de mais reacionário? E por outro lado, apoiada nos chamados movimentos sociais, muitos dos quais vivem às custas do dinheiro público — disse.
Aloysio Nunes Ferreira também conclamou todos os parlamentares a realizar, passada a crise, uma reforma política para inibir a proliferação de partidos e reduzir o custo de campanhas eleitorais.
Fonte: 247
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