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A Guerreira e o Hipócrita - por Elder Pereira


De um lado, Dilma Rousseff, uma guerreira de mãos limpas, destemida, que pegou em armas contra a ditadura, foi presa e torturada, resistiu a todo o tipo de sofrimento humano, manteve sua honra inabalável e que mesmo depois de sagrar-se mandatária desta nação, seus algozes com a ajuda de alguns brasileiros, não pararam de torturá-la e desrespeitá-la como mulher e como governo e nem assim parou um momento sequer de procurar fazer o melhor para o seu povo, independentemente de partidos ou ideologias políticas. Uma líder!

Dilma Vana Rousseff nasceu em Belo Horizonte em 14 de dezembro de 1947. Iniciou sua militância política aos 16 anos e ingressou na luta armada contra a ditadura militar. Foi presa em 1970 por quase três anos e submetida à tortura. Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para Porto Alegre e formou-se em Economia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Em 1980, ajudou a fundar o PDT, legenda a qual permaneceu filiada até 2001, quando entrou para o PT. Durante a campanha de 2002, que levou Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, Dilma ganhou destaque na equipe responsável por formular o plano do governo na área energética. Foi convidada então a ocupar a pasta de Minas e Energia em 2003. Permaneceu no cargo até 2005, quando substituiu José Dirceu, atingido pelo escândalo do mensalão, na Casa Civil.

Em 2009, revelou que se submetera a tratamento contra um linfoma descoberto em exame de rotina. Após sessões de radioterapia e quimioterapia, anunciou que estava curada do câncer. Meses depois, teve sua candidatura à Presidência oficializada pelo PT.

Dilma comandou uma extensa campanha pelo País, tendo Lula como seu principal cabo eleitoral. Viu a disputa ser levada ao segundo turno em meio a denúncias envolvendo Erenice Guerra, sua antiga auxiliar e então ministra da Casa Civil. Na segunda etapa da votação, Dilma confirmou seu favoritismo e se tornou a primeira presidente mulher do Brasil. - ultimosegundo

Do outro, Eduardo Cunha, outro brasileiro que só pensa em si mesmo e nos “seus”, denunciado várias vezes de corrupção e malversação do dinheiro público, réu no Supremo Tribunal Federal e réu na vida, agora prestes a concretizar um golpe mortal no governo brasileiro, mau exemplo de político e pessoa condenado por todas as pessoas de bem e conscientes deste país. Um achacador como disse um certo político cearense, figura lamentável que a cada dia se trucida mais.

Alguns dados biográficos do líder do PMDB, Eduardo Cunha, ajudam a entender a lavada, de 267 a 28, que o governo levou na votação da última terça-feira, quando a Câmara decidiu criar comissão para investigar a Petrobras.

Mais de um ano atrás, Janio de Freitas, referência do jornalismo político brasileiro, já advertia que, com a presença de Cunha junto a Renan Calheiros e Henrique Alves no comando do Congresso, Dilma iria ter dificuldades. Na época, o jornalista lembrava que Cunha “é cria de Paulo César Farias, que o pinçou do vácuo para a presidência da então Telerj, telefônica do Rio”. Corria o ano de 1990. Não demoraria muito para que o mandato de Fernando Collor de Mello fosse tragado por denúncias. No epicentro da debacle collorida estava PC Farias.

Consta que Cunha aproximou-se do meio evangélico do Rio de Janeiro. Filiado ao PPB (hoje PP), de Paulo Maluf, e com apoio religioso, candidatou-se a deputado estadual em 1994, iniciando uma carreira política própria, o que o levou a ser eleito para a Assembleia Legislativa daquele Estado em 2000, galgando daí a passagem para a Câmara dos Deputados em 2002, sempre pela agremiação malufista.

No meio desse caminho, alinhado à direita, nem por isso deixou de participar do governo Garotinho (1999-2002), então no PDT, no Estado do Rio. No entanto, as relações entre ambos depois se deterioraram. Por ocasião da MP dos Portos, alguns meses atrás, os dois ex-colegas de administração travaram carinhoso diálogo no plenário da Câmara, segundo relato de Merval Pereira, de “O Globo”. O ex-governador do Rio disse que a emenda patrocinada por Cunha cheirava mal e tinha motivações escusas. Em resposta, o ex-auxiliar teria se referido a Garotinho como batedor de carteira.

Em 2006, Cunha reelegeu-se deputado federal, agora pelo PMDB, sempre com apoio evangélico –em 2010, conseguiu 150 mil votos. A disputa entre Cunha e Dilma vem desde o início do mandato desta, quando, após denúncias em Furnas envolvendo, segundo o “Valor” (25/7/2011), um “grupo ligado” ao deputado, ela nomeou para dirigir a estatal nome fora do círculo de influência do parlamentar carioca.

Em 2007, Cunha havia segurado a Medida Provisória que prorrogava a CPMF até Lula nomear indicação sua para a presidência de Furnas. Maior empresa da Eletrobras, com orçamento bilionário e fundo de pensão importante, Furnas é joia muito cobiçada. A perda do controle sobre a estatal explicaria a posição belicosa do comandante do PMDB na Câmara em relação a Dilma.

Em resumo, é quase um quarto de século de experiência acumulada em controvertidas matérias republicanas. Convém não subestimar. tijolaco

Só num mundo insensível como o nosso, um Eduardo dessa laia e má qualidade irá julgar uma Dilma dessa categoria. Você está preparado para ser testemunha e cúmplice desse crime? O que dirá para seus filhos e sua família? Reflita...


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