Por Joabe Cavalcanti, em seu Facebook
Internauta
explica por que, quando a democracia está ameaçada, não é possível ficar em
cima do muro; "Se eu tiver que escolher entre um amigo e um oprimido, eu
fico com o oprimido. Eu tenho lado e não escondo! Não sou daqueles que ficam em
cima do muro para agradar lados opostos ou ficar assistindo para ver quem vai
ganhar o debate e depois convenientemente me posicionar", diz Joabe G
Cavalcanti
Já
disse aqui antes, e vou repetir: Se eu tiver que escolher entre um amigo e um
oprimido, eu fico com o oprimido. Eu tenho lado e não escondo! Não sou daqueles
que ficam em cima do muro para agradar lados opostos ou ficar assistindo para
ver quem vai ganhar o debate e depois convenientemente me posicionar. Há muito
tempo, espelhado no exemplo do Mestre dos mestres, Jesus, assumi um compromisso
de defender os mais vulneráveis na sociedade: os injustiçados, os explorados e
oprimidos. Eu penso e vivo o Brasil, e sei que a elite brasileira é uma das
elites mais egoístas, racistas e classistas do mundo. Eu quero a paz, mas há
uma enorme diferença entre ser pacificador e passivo, entre ser apaziguador e
covarde. Não é com sentimento de ódio que luto, mas devo dizer que é um agudo
senso de justiça aliado a uma forte indignação diante da iniquidade, que sou
levado ao engajamento pela transformação social.
Assim
como não posso dizer que a defesa do Nazismo ou Fascismo é apenas uma questão
de opinião, também não posso aceitar que o racismo, o machismo, a homofobia, e
o classismo, sejam apenas uma posição ideológica. Não vou mesmo contemplar
passivamente a atitude daqueles que defendem a subjugação de uma raça por outra
ou a exploração de uma classe por outra como algo natural. Não vou apenas
discordar daqueles que usam de violência verbal ou física, que justificam o
estupro culpando as vítimas pelo crime, que tentam impor a ferro e a fogo o
modelo e princípios de um grupo social ou de uma religião a toda sociedade. Vou
lutar sim contra eles! Sem violência, mas sem medo ou covardia.
Já
perdi algumas amizades de pessoas que depois que ascenderam socialmente um
pouco passaram a se achar melhores, superiores, e a desprezar os pobres
lascados. E outros também que só porque fizeram um curso universitário passaram
a discriminar os “analfabetos”. Se eu estivesse preocupado apenas em agradar as
pessoas, eu estaria aqui apenas postando mensagens “Zen”, de “paz e amor, bicho
e coisa e tal”. Não quero aplauso de ninguém, mas gosto de saber e sentir que
não estou sozinho nessa luta, que tenho amigos e desconhecidos, que podem
pensar diferentes quando ao método e a forma, carecas ou cabeludos, mas que
juntos sonhamos e lutamos por um mundo melhor para todos.
Fonte:
brasil247
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