Fórum
conversou com a socióloga, irmã da ex-amante de Fernando Henrique Cardoso e
acusada de ser funcionária fantasma de José Serra. “Eu não tenho o que
rebater”, ressaltou em uma das raras declarações feitas a um veículo de
comunicação; assista ao vídeo
Texto,
fotos e vídeo de Maíra Streit
Eram
pouco mais de nove horas da manhã quando Margrit Dutra Schmidt chegou ao
gabinete do senador José Serra (PSDB) nesta quinta-feira (3), em Brasília. Até
poucos dias, a assessora do tucano estava na República Dominicana por motivos
ainda não divulgados. Mas com o alvoroço em torno das denúncias envolvendo seu nome, ela retornou à cidade no início da semana.
Margrit,
como foi noticiado por grande parte da imprensa, é acusada de ser funcionária fantasma de Serra desde março do ano passado. Ele alega que o projeto desenvolvido
pela socióloga é sigiloso e feito em casa, ato que é considerado irregular de
acordo com as regras do Senado. O salário bruto da assistente parlamentar é
alto, na faixa de R$ 9.500, embora permaneça desconhecida por muitos colegas de
trabalho.
A
situação veio à tona depois que sua irmã, Mirian Dutra, virou o centro das
atenções ao divulgar dados comprometedores sobre o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso, com quem teve um caso entre os anos 1980 e 1990. Nas
acusações, ela afirma que FHC a mantinha na Europa por meio de contratos de
fachada com a empresa Brasif.
Não
demorou até que se chegasse a Margrit, que recebe pelo Congresso há 15 anos e
já passou pelos gabinetesserra gabinete do ex-senador Arthur Virgílio (PSDB-AM)
e da senadora Lúcia Vânia (PSB-GO), antes de ser exonerada pelo senador Álvaro
Dias (PV-PR) por raramente aparecer para dar expediente. Os dois últimos
políticos também eram do PSDB.
Questionada
pela Fórum sobre as denúncias, ela preferiu se esquivar. “É um assunto privado,
um assunto muito triste e eu não quero falar nada sobre isso. É um direito que
eu tenho”, ressaltou em uma das raras declarações feitas a um veículo de
comunicação. “Eu não tenho o que rebater”, completou.
O
chefe de gabinete de Serra, Marcos Köhler, não soube explicar sobre o que é o
projeto que Margrit desenvolve. “O senador mobiliza os assessores nos temas de
interesse dele. Não tenho essa prática de perguntar o que está pedindo para
cada pessoa”, disse, destacando ainda que não há qualquer informação se ela
será ou não exonerada do cargo.
Fonte:
revistaforum
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