Cerca de 220 mil soldados irão atuar contra o zika vírus, disse o ministro de Defesa | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil / CP |
Cerca
de 220 mil soldados irão atuar, disse o ministro de Defesa
O
governo federal anunciou nesta quarta-feira que 220 mil miltares vão ajudar no
combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, da
febre chinkungunya e do Zika vírus. Em coletiva de imprensa, o ministro da
Defesa, Aldo Rebelo, informou que os homens das três Forças Armadas vão atuar
em 356 municípios. "As Forças Armadas já exercem essa função auxiliar
desde o primeiro momento de combate ao mosquito Aedes aegypti. Agora estamos
intensificando a mobilização onde há uma incidência maior", disse Aldo
Rebelo. Dos 356 municípios, 115 concentram grande quantidade de casos de
microcefalia, que podem ter sido provocados pelo vírus Zika.
•
Vacina contra o zika vírus só poderá ser usada em três anos
A
atuação das Forças Armadas vai complementar as ações desenvolvidas pelo
Ministério da Saúde, estados e municípios. Aldo Rebelo informou que a ação dos
militares será dividida em quatro etapas. A primeira ocorrerá até o dia 4 de
fevereiro quando os militares farão um mutirão para erradicar criadouros do
mosquito em instalações das Forças Armadas em todo o país.
Segunda
Fase
No
dia 13 de fevereiro, quando ocorrerá a segunda fase, 220 mil homens e mulheres
das Forças Armadas farão uma ação de conscientização para orientar a população
no combate ao mosquito. Os militares irão distribuir panfletos com um número de
telefone local que irá receber denúncias de locais onde haja proliferação do
mosquito.
De
acordo com o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Almirante
Ademir Sobrinho, 3 milhões de imóveis residenciais devem ser visitados.
"Vamos distribuir folheto informativo chamando a responsabilidade dos
moradores no combate ao mosquito, chamando a atenção para a importância de
vigiar a presença de focos do mosquito na vizinha e medidas básicas de como
evitar focos na residência", disse.
Entre
os dias 15 e 18 de fevereiro, um contingente de 50 mil militares fará nova
visita, em ação coordenada com o Ministério da Saúde e autoridades locais, para
inspecionar possíveis focos de proliferação nas casas e, se for o caso, aplicar
larvicida. "Acreditamos que quando voltarmos, grande parte desse trabalho
já tenha sido feito pelo morador", acrescentou Sobrinho.
Segundo
o ministro Aldo Rebelo, a divisão dos militares obedecerá a proporcionalidade
dos efetivos em cada estado. O ministro disse ainda que os 50 mil militares
continuarão mobilizados, mas que atuarão quando solicitados pelas autoridades
locais. Ele disse que os estados podem contribuir mobilizando as forças locais.
"Vou falar com todos os governadores e pelo menos com os prefeitos das
capitais para que a nossa mobilização possa ser acolhida e reforçada em todos
os estados".
A
última etapa, ainda em discussão com o Ministério da Educação (MEC), prevê a
mobilização dos militares para reforçar o trabalho de conscientização em
escolas das redes pública e privada. "Vamos depender, naturalmente, do
calendário escolar que é diferente em cada escola, nas redes privada e pública,
seja municipal ou estadual. Estaremos à disposição do MEC para apoiar a ação de
esclarecimento para prevenção e combate ao mosquito nas escolas", disse o ministro.
Casos
de microcefalia
Nesta
quarta, o Ministério da Saúde informou que investiga 3.448 casos suspeitos de
microcefalia no país, que podem ter relação com o vírus Zika. Questionado se o
governo demorou em acionar os militares para conter o aumento de casos de microcefalia
no país, Aldo Rebelo disse que os militares já vinham atuando em 14 estados,
atendendo pedidos de autoridades locais, a exemplo dos estados de Pernambuco,
da Paraíba, de Mato Grosso e São Paulo.
"Já
tínhamos disponibilizado e treinado homens e mulheres para essas ações e agora
esse esforço maior é correspondente ao esforço do governo [União, estados e
municípios]. Já tínhamos mobilizado 4 mil militares e treinado muito antes.
Agora disponibilizamos a possibilidade de treinar mais 50 mil", disse o
ministro.
Fonte:
correiodopovo
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