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CPI das Fake News: advogado orientou Carluxo a apagar perfis das redes

Carlos Bolsonaro atendeu a uma orientação de seus advogados para apagar seus perfis em redes sociais antes de prestar depoimento à CPMI das Fake News. A defesa teme mais exposição sobre a ligação dele com a milícia virtual bolsonarista por causa do “power point” preparado por Joice Hasselmann que será apresentado à CPI 

Carlos Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

247 - O vereador licenciado Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) seguiu orientação dos advogados para apagar seus perfis em redes sociais antes do depoimento que deve prestar à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News no Congresso.

De acordo com informações da coluna de Guilherme Amado nesta quinta-feira (14), o filho de Jair Bolsonaro atendeu a um conselho dos advogados, que previram mais exposição sobre a ligação dele com a milícia virtual bolsonarista por causa do “power point” preparado por Joice Hasselmann (PSL-SP) que será apresentado à CPI.

Carluxo também estaria irritado com reprimendas feitas pelo pai, que já havia pedido moderação nas postagens do Twitter.

O vereador licenciado é dos líderes da ala mais radical do bolsonarismo e aliado do escritor Olavo de Carvalho. 

O assunto fake news voltou a ganhar destaque nas páginas da imprensa nas eleições presidenciais do ano passado, quando houve uma campanha ilegal contra o então presidenciável Fernando Haddad (PT) financiada por empresas e que teve como base a divulgação de notícias falsas no WhatsApp para prejudicá-lo e favorecer Jair Bolsonaro. 

Conforme denunciou uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo, cada contrato chega a R$ 12 milhões e, entre as empresas compradoras, está a Havan. 

No mês passado, o WhatsApp admitiu que a eleição teve uso de envios massivos de mensagens, com sistemas automatizados contratados de empresas. 

“Na eleição brasileira do ano passado houve a atuação de empresas fornecedoras de envios massivos de mensagens, que violaram nossos termos de uso para atingir um grande número de pessoas”, afirmou Ben Supple, gerente de políticas públicas e eleições globais do WhatsApp, em palestra no Festival Gabo, segundo outra reportagem do jornal paulista.

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