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'Barroso mentiu em seu voto', diz criminalista sobre julgamento em segunda instância

"Eu gostaria de usar outra palavra, infelizmente não tem. O Ministro Barroso está mentindo no voto dele", afirmou o advogado criminalista Augusto de Arruda Botelho sobre os números apresentados pelo ministro para sustentar que a população carcerária aumentou em menor ritmo depois da mudança de jurisprudência



247 - O advogado criminalista Augusto de Arruda Botelho, um dos fundadores do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD) e conselheiro do Human Rights Watch, afirmou que o ministro Luis Roberto Barros mentiu em seu voto no julgamento sobre prisão após condenação em segunda instância.

"Eu gostaria de usar outra palavra, infelizmente não tem. O Ministro Barroso está MENTINDO no voto dele. A interpretação proposital dos dados estatísticos que ele faz traduz uma pseudo realidade que não condiz com a verdade", afirmou o advogado.

Ao defender a prisão em segunda instância, Barroso apresentou números em que sustenta que a população carcerária aumentou em menor ritmo depois da mudança de jurisprudência que possibilitou a execução provisória da pena.

“Entre 2009 e 2016, a média de crescimento do encarceramento foi de 6,25%. E após 2016, quando volta a possibilidade de execução após condenação em 2º grau, a média foi de 1,46%”, disse Barroso.

Ele defendeu que não foram os pobres que sofreram os impactos pela possibilidade da execução provisória da pena, mas, ao mesmo tempo, diz que “o sistema é duríssimo com os pobres e bem mansos com os ricos”.

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