Por Malu Aires
Lula e Dilma ergueram esse país.
Em 2002, nosso país era só sucata, buraco em estrada, desemprego e uma dívida que nos mantinha miseráveis.
Tratados como cidadãos de 3ª classe, nem visto, a Europa dava pra gente entrar.
Nos governos Lula e Dilma, os EUA, a Europa, suplicavam pro turista brasileiro, levar dinheiro pra lá.
Não... Não ria que você está parecendo um retardado.
Posso citar um milhão de conquistas que eu queria ter experimentado, quando criança e não tive, quando adolescente e não tive, quando jovem em idade universitária e não tive.
Conquistas que me deixavam feliz, porque as gerações que vinham depois da minha, poderiam ter.
O que eu ganhei nos governos Lula e Dilma? Respondo: satisfação.
As conquistas da minha geração, haviam ficado nos anos 90. Quem não teve, não tinha mais.
Não vou esconder que muita coisa me deixava chateada, naqueles anos. E vou dizer o quê: a cobiça, o egoísmo e a ganância de quem achava que a bonança poderia durar pra sempre.
Sem responsabilidade, naquele 2013, vi uma juventude rosada, muito bem vestida, pedindo "Bolsa Louis Vuitton", nos cartazes da Paulista, sem saber que existia hospital sem médico. Que juventude retardada era aquela?
Vi gente jovem, com acesso à faculdade, exigindo o direito de chamar mulher de vadia, antes de ter conquistado direitos de igualdade salarial, direito ao aborto seguro e ao parto normal.
Vi muita coisa errada na nossa capacidade de se enxergar povo brasileiro, quando aquele momento, era a única chance de muita gente na vida.
Ficava irada com os babacas zona-sul e olhava pra outras conquistas que, pra mim, eram sim importantes.
Via que aquela reparação histórica começava a chegar à juventude negra. Via a abolição das domésticas. O povo nordestino plantando, comendo, andando de motocicleta.
Ah e quando eu via o petróleo jorrando...
Toda semana, acompanhava o crescimento da nossa produção. A meta era 2 milhões de barris/dia. Esperava as refinarias começarem a operar e esperava, até 2019, o combustível baixar, a gente exportar e começar a investir em educação padrão Finlândia.
A saúde, eu também via com bons olhos. Via a reforma de hospitais, a inauguração de hospitais... Eu via vacina chegando onde nem luz, nem água, nem comida, antes tinha.
Vi luz chegando e gente ligando uma TV, pela primeira vez na vida, em pleno século XXI. Isso eu temia. Mas era direito. Todo mundo tinha direito a ter um carro de passeio, um fogão, um microondas, uma geladeira, uma TV de tela plana.
Toda semana via os papelões dos aparelhos que a vizinhança comprava e eram muitos, só aqui no prédio.
Aqui tinha papelão de TV 42 polegadas e na periferia, também.
Via os comércios expandindo, a turma reformando loja, padaria, salão de beleza, lanchonete... Eu via. Eu olhava o meu país, aceleradamente, mudar.
Via professor conquistar piso salarial... olha isso!
Ah, se eu visse alguma coisa errada... Não perdoava. Pedia a cabeça do primeiro ministro que me desrespeitasse como cidadã.
Mas não aceitava as patifarias da Globo não. Sei do que essa emissora é capaz, desde 1965.
Época, Veja, IstoÉ... empresas de famiglias mafiosas.
Conhecia bem nossa elite.
Nasci em São Paulo. Todos os dias, cruzava a fronteira entre a miséria e o descaramento. E sabia, que no meio do caminho, só sobrevivia quem sabia seu lugar.
Minha satisfação, era ver que todo mundo, enfim, tinha seu lugar. Lugar no conjunto habitacional, no posto do UPA, na universidade, no avião, no campo e na fábrica.
Dos 19 aos 24 anos, não cursei faculdade. Fui viajar todo o país, me formar brasileira. E, anos depois, eu via meu país mudado. Via o colono do Sul, sem terras (que o banco tomou), virar empresário. Produzir vinho, queijos, pães.
Também via que minha geração estava sendo contemplada, voltando aos estudos, terminando faculdade.
Ouvia as histórias de realização e sucesso de quem não tinha mais dívida. Podia respirar aliviado, pela primeira vez na vida.
Gente limpando nome, gente descobrindo dignidade.
Não sou mais Lula e Dilma que Brasil. E tenho consciência, vivência de que eles fizeram tudo o que podiam, pra um povo que não viu a sorte que teve e a chance que perdeu.
1 Comentários
Estou fora do Brasil desde 2005 e estando na Europa pude ver durante o governo do Lula o brasileiro ser visto com importância e o país deixar de ser olhado como um fracasso a nível político, passou a ser a futura maior nação emergente. Nunca em nenhum governo o brasileiro teve tanto, na minha família todos termiram estudos, vários fizeram faculdade inclusive minhas filhas.
ResponderExcluirDaqui viámos e ouvíamos a artimanhas dos poderosos para derubar o Brasil antes que crescesse e pudesse virar um potência comercial, granes jornalistas independentes ja falavam nisto como aviso e assitimos o país ser manipulado e cair.
Denovo a mafiosa globo e os poderosos conseguiram colocr o povo no chão, eles não poderiam englir o pobre continuando a ter tudo isto. É triste ver que grande maioria do povo não têm memória e se deixou manipular tanto. Infelizmente um povo que parece aceitar tudo, os europeus já teriam feito uma quebradeira para não deixar tirarem seus direitos.
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