FORUM - Romero Jucá (MDB), que tenta seu quarto mandato como senador da República por Roraima, usou sua conta no Twitter, na tarde desta segunda-feira (27), para anunciar que não é mais líder do governo Temer no Senado. Ele alegou que tomou a decisão por “discordar” da forma pela qual a questão da entrada de venezuelanos em Roraima vem sendo tratada pelo governo. No entanto, está vendo que sua reeleição corre sério risco, o que pode ter feito com que ele resolvesse se “descolar” de Temer, que apresenta os piores índices de popularidade da história.
Na última pesquisa Ibope, divulgada no dia 17 de agosto, ele aparece apenas na terceira colocação, com 25% das intenções de votos. A liderança entre os candidatos ao Senado por Roraima é de Angela Portela (PDT), com 30%, seguida por Mecias de Jesus (PRB), com 26%. Depois de Jucá, ainda surgem Chico Rodrigues (DEM) e Luciano Castro (PR), ambos próximos a ele, com 21%.
Jucá entregou uma carta a Michel Temer, na qual diz que “Roraima vem sofrendo há mais de três anos com uma imigração venezuelana desenfreada. Há dois anos defendi o fechamento da fronteira antevendo já as graves consequências que viriam a seguir. Fui criticado pelo governo do Estado e pelos adversários políticos, com o argumento de que eu queria acabar com o comércio fronteiriço. O tempo mostrou que minha posição estava correta”, afirma.
Além de defender que as medidas tomadas por Temer são “paliativas”, Jucá ainda destaca: “Assim, entrego o cargo de líder do governo no Senado, para que possa exercer o meu papel de representante do estado de Roraima com tranquilidade e sem amarras, agradeço a atenção e amizade como sempre sou tratado por Vossa Excelência e toda equipe do governo”.
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