247 - Em primeiro lugar, é importante que todos saibam que a derrota de Lula hoje no STJ era esperada. Esperadíssima, inclusive e sobretudo por seus advogados de defesa.
A questão do habeas-corpus para impedir a prisão do presidente mais popular da história brasileira será decidida mesmo é no Supremo. Caberá ao STF, como disse sua presidenta Cármen Lúcia, caberá ao STF optar se vai apequenar-se ou não.
O Supremo será pequeno se julgar contra a Constituição. Em seu Inciso LVII do Artigo 5º, ela é clara: “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”.
Se julgar contra a Constituição, estará também agindo contra os interesses das dezenas de milhões de brasileiros que põem Lula na dianteira folgada de qualquer pesquisa de voto. E estará agindo a favor dos clamores da Globo e da grande mídia, além dos interesses dos setores financeiros e do grande capital.
Está nas mãos de Cármen Lúcia convocar a sessão do Supremo para votar a questão. Não pode se acovardar.
Se quiser, a mineira Cármen Lúcia pode guiar-se pela fala do seu colega Marco Aurélio Mello: “Processo, para mim, não tem cara, tem conteúdo. Não colocar em pauta tendo em conta o envolvimento de Lula é discriminação.”
E então, ministra: vai com a Globo ou com a Constituição?
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