PF faz buscas em gabinete de deputado Lúcio Vieira Lima na Câmara
A Polícia Federal realizou buscas nesta segunda-feira no gabinete do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) na Câmara como parte das investigações relativas à descoberta de 51 milhões de reais em espécie em um apartamento de Salvador e atribuídos ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, irmão do parlamentar.
REUTERS - Além das buscas na Câmara, a PF também cumpriu mandados no apartamento funcional do deputado em Brasília e em sua residência em Salvador, e ainda na casa de um assessor na capital baiana, em operação requerida pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), informou a PGR em comunicado.
“As medidas cautelares são um desdobramento das investigações que apuram a origem e a responsabilidade por 51 milhões de reais apreendidos, em Salvador, no dia 5 de setembro. Dos quatro endereços vistoriados pelos policiais federais, três são ligados a Lúcio Vieira e um a seu secretário parlamentar Job Ribeiro Brandão”, afirmou a PGR.
No mês passado, a Justiça Federal do Distrito Federal enviou ao STF as investigações relativas a operações que envolvem Geddel por suspeitas de que seu irmão Lúcio, que possui foro privilegiado, possa estar envolvido no crime de lavagem de dinheiro.
De acordo com a Justiça Federal do DF, a operação que encontrou os 51 milhões de reais atribuídos a Geddel esbarrou em indícios de que Lúcio também pode ter participado do crime de lavagem de dinheiro. Na época, Geddel teve prisão decretada, e atualmente está detido no complexo penitenciário da Papuda.
“O envio do caso ao STF deu-se em consequência de os investigadores terem encontrado indícios de envolvimento do parlamentar, que é irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, no recolhimento e guarda do dinheiro”, acrescentou a PGR nesta segunda-feira.
Procurados pela Reuters, o deputado, sua assessoria de imprensa e o advogado dele, Gamil Foppel, não responderam de imediato.
Reportagem adicional de Pedro Fonseca no Rio de Janeiro
Segundo a Procuradoria Geral da República, há indícios de que o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), preso pela Polícia Federal, atuou no "recolhimento e guarda" dos R$ 51 milhões encontrados em um apartamento em Salvador, em setembro, e que supostamente seria fruto de propina atribuída ao ex-ministro
Bahia 247 - A Procuradoria Geral da República (PGR) afirma existirem indícios de que o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), preso pela Polícia Federal, atuou no "recolhimento e guarda" dos R$ 51 milhões encontrados em um apartamento em Salvador, em setembro, e que supostamente seria fruto de propina atribuída ao ex-ministro.
Nesta segunda-feira (16), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin autorizou buscas e apreensões em endereços ligados a Lúcio.
De acordo com a PGR, o empresário Silvio Antonio Cabral da Silveira, dono do imóvel onde o dinheiro foi encontrado, contou em depoimento à Justiça que o apartamento havia sido pedido emprestado por Lúcio Vieira Lima para guardar as malas e caixas que guardavam o dinheiro.
Ao todo, a Polícia Federal cumpriu quatro mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Tesouro Perdido em endereços ligados a Lúcio e ao seu secretário parlamentar, Job Ribeiro Brandão. Outras ligações de Lúcio com o imóvel foram digitais de Brandão e uma fatura da empresa doméstica do deputado.
Em seu relatório, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ressalta que "o envio do caso ao STF deu-se em consequência de os investigadores terem encontrado indícios de envolvimento do parlamentar, que é irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima no recolhimento e guarda do dinheiro".
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