Não é novidade o tratamento que a mídia e a Justiça dão para petistas em geral em comparação com o que dão para tucanos em geral, mas a comparação entre os casos de Lula e Aécio ultrapassa todos os limites do razoável.
Na última quarta-feira, o STF decidiu reinstaurar decisão do ministro Edson Fachin contra o senador pelo PSDB de Minas Gerais tomada em maio último, quando eclodiu a delação de Joesley Batista.
Para tanto, a primera turma do STF – composta pelos ministros Marco Aurélio Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso – decidiu afastar o tucano do Senado e confiná-lo em sua residência à noite.
A medida foi uma alternativa à prisão preventiva de Aécio, que havia sido pedida quatro meses atrás pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Após a decisão de Fachin, no primeiro semestre, o Senado, eivado de corporativismo, reintegrou Aécio à Casa e este já até começou a dar entrevistas e a participar de eventos como se nada tivesse acontecido.
O STF demorou, “apenas”, QUATRO MESES para decidir o que fazer com Aécio, contra quem as provas abundam. Para não ficar muito chato, a Corte optou por uma decisão suave, baseada no artigo 319 do Código Processo Penal (CPP), que deixa muito claro que o afastamento do mandato e a imposição de não sair de casa à noite é uma alternativa à prisão preventiva.
Fonte: brasil247
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