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Fragmentação da direita fortalece Lula e Ciro



247 - A direita brasileira pode caminhar para perder a quinta eleição presidencial consecutiva. Incapaz de se unir em torno de um candidato, a direita se divide entre vários nomes.

Já despontam as candidaturas de Geraldo Alckmin, pelo PSDB, João Doria, provavelmente pelo DEM, Henrique Meirelles, pelo PSD, Marina Silva, pela Rede, Alvaro Dias, pelo Podemos, e Jair Bolsonaro, pelo PEN. Seis candidatos que disputam dentro do mesmo espectro político. Uma parte considerável dos presidenciáveis da direita está imbricada com o golpe parlamentar de 2016 e dá sustentação ao governo de Michel Temer, que tem aprovação de apenas 4% da população.

Apoiar um ocupante da Presidência que é acusado de liderar uma organização criminosa já traz prejuízos ao capital político dos candidatos do campo conservador. É o caso dos tucanos Geraldo Alckmin e João Doria. Alckmin viu sua rejeição subir de 52% a 75% em um ano Já Doria, que abandonou a prefeitura para fazer campanha presidencial, viu seus índices negativos saltarem de 27% para 58%, segundo os dados da pesquisa Barômetro Político, do Instituto Ipsos (leia mais).

A mesma pesquisa também mostra o deputado Jair Bolsonaro pode ter feito um voo de galinha em sua corrida presidencial. O representante da ultradireita teve sua rejeição elevada de 56% para 63% em um mês (leia aqui).

A profusão de candidaturas da direita traz como benefício direto o fortalecimento dos nomes do campo progressista. À esquerda, o nome mais forte é do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Vencendo os adversários em todos os cenários, Lula é vítima de uma caçada judicial e midiática que pretende inabilitá-lo da disputa. O porcentual da população que não concorda com a atuação de Lula caiu de 66% para 59%, enquanto a parcela da sociedade que o aprova subiu de 32% para 40%, a maior em dois anos de levantamento do instituto Ipsos.

Caso o ex-presidente venha a ser impedido de disputar a eleição presidencial, abrirá mais espaço para o ex-ministro Ciro Gomes, que, apesar das críticas direcionadas ao ex-presidente, pode ser o nome de consenso na esquerda.





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