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OAB PEDIRÁ AJUDA A ANISTIA INTERNACIONAL APÓS ATAQUE A ÍNDIOS NO MARANHÃO



Maranhão 247 - A comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pedirá ajuda a Anistia Internacional para intervir na disputa por terra entre índios e fazendeiros que ocorre no povoado Bahias, em Viana, a 220 km de São Luís.

Um ataque contra os índios no último domingo (30) deixou 13 feridos, de acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi). A Secretaria de Estado da Saúde confirma sete. Três índios estão internados no Hospital Clementino Moura, em São Luís. Um deles tem traumatismo craniano, o outro fraturas exposta por conta de espancamento e o terceiro sofreu ferimentos graves nos dois antebraços, ferimentos pelo corpo e uma bala alojada no tórax.

Os índios da etnia Gamela reivindicam uma área de 14 mil hectares no Norte do Maranhão que foi doada pela a Coroa Portuguesa no século XVIII. Segundo eles, os fazendeiros tomaram a área deles no decorrer dos anos. A OAB-MA informou que os Gamelas estão aguardando processos que correm na Justiça, mas, com a demora da Justiça, os índios estão ocupando áreas por conta própria.

Segundo o advogado Rafael Silva, a Anistia Internacional pode cobrar do governo brasileiro o andamento dos processos administrativos em disputas que envolvam indígenas. "A Anistia Internacional ela pode exatamente cobrar o governo brasileiro para dar andamento a esses processos administrativos repercutindo, inclusive, isso internacionalmente porque a luta indígena ela se dá no mundo afora, as violações elas infelizmente acontecem em vários países e aqui no Maranhão tem sido até algo corriqueiro essas ameaças e, inclusive, morte de indígenas", disse. O relato é do G1.

A SES confirmou inicialmente que um dos índios teve as mãos decepadas, mas, na noite de segunda-feira (1º) em nova nota, a pasta disse que o índio Aldelir de Jesus Ribeiro, gamela de 37 anos, sofreu ferimentos com arma branca nos antebraços.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) diz que está enviando uma equipe para acompanhar as investigações. Por meio de nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou que enviou a Polícia Federal (PF) a região para evitar novos conflitos e ofereceu apoio a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão para investigar o caso.



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