Já virou praxe nos depararmos com postagens agressivas e condenações de pessoas nas redes sociais. Vez por outra as agressões virtuais são levadas para a vida real e o que se percebe, com pesar, é o cometimento de crimes contra a honra e a vida de alguém.
Mesmo com pouco ou nenhum conhecimento jurídico, os "juízes" desses tribunais das redes sociais decidem quem tem culpa e quem não tem, o velho princípio do contraditório é letra morta.
Nem mesmo nos tempos onde a internet inexistia por estas bandas ou, se existia era pouco utilizada, o ódio e os julgamentos sumários eram raros, tudo era resolvido cara a cara e com muita dose de civilidade.
Onde iremos parar com tudo isso? Seria uma barbárie eterna entre os humanos que mais se assemelham a canibais virtuais?
Mesmo a internet não sendo uma terra de ninguém, onde podem fazer e acontecer, mesmo existindo leis que reprimem tais condutas o fato é que cada vez mais julgamentos sumários tem acontecidos onde a honra de uma pessoa é jogada na lama sem dó e sem piedade. Vidas são ceifadas quando fazem justiça com as próprias mãos.
Por onde anda a educação nos dada por nossos pais? Por onde anda a presença de cristo no coração e na alma das pessoas que agem como se fossem verdadeiros demônios quando é para julgar e condenar o seu próximo? Você ama o seu próximo?
Artigo importante da Nathali Macedo retrata bem esse tipo de tribunal que tem devastado-nos, vejam:
COMO
O TRIBUNAL DAS REDES SOCIAIS ESCANCAROU A COVARDIA HUMANA
Quando
eu era menina não existiam redes sociais. A internet era ainda uma novidade
fascinante (e mais ou menos recente, porque sou da década de noventa).
As
pessoas se comunicavam olho no olho. Quando era preciso criticar, fazia-se com
honradez, cara a cara, dando a chance de a outra pessoa se defender, deixando
até as sutis nuances de emoções transparecerem e florearem o discurso.
O
mundo me parecia menos cruel. Devia sê-lo bastante, certamente, mas não me
parecia. As palavras eram medidas, os ímpetos humanos eram contidos.
Lembro
que havia uma menina mal quista na minha turma de quinta série. É claro que
todo mundo virava a cara para ela, mas eu nunca vi ninguém chamá-la e dizer
“ei, você é uma ridícula, ninguém te quer por perto!”. O olho no olho dava
conta de mensurar as palavras.
O
que eu vejo hoje – especialmente nas redes sociais – é uma sede incompreensível
por julgar a vida alheia. Uma necessidade constante de criticar com exagero,
com crueldade desmedida.
São
julgamentos sanguinários e, ao mesmo tempo, absolutamente covardes. Estamos,
afinal, protegidos por detrás de telas de computador, seguros em nossos
respectivos sofás e acabamos nos sentindo a vontade para machucar, agredir,
ridicularizar o outro.
Me
parece que a possibilidade de dizer qualquer coisa sobre qualquer pessoa sem
ser atingido nos despertou uma amedrontadora vontade de barbarizar os defeitos
alheios.
Uma
monocelha, um vídeo íntimo, uma postagem com português ruim ou
compartilhamentos inconvenientes… Tudo é motivo para destilarmos na rede o
nosso desprezo pelo que nos é alheio.
As
redes sociais trouxeram consigo muito mais do que egos inflados e relações
descartáveis. Ela nos permitiu fazer o que sempre quisemos sem a possibilidade
de sofrermos as consequências disto: apedrejar o outro.
Páginas
em que milhares de pessoas em vários lugares do globo podem interagir foram,
decerto, criadas para unir, para celebrar o amor. Mas, curiosamente, os seres
humanos transformaram-nas em verdadeiras armas de guerra. Fonte: elhombre
Que cada um de nós reflitamos esse caminho tortuoso que estamos trilhando, a humanidade já não aguenta mais a globalização da violência. O Direito nasceu para servir os homens e não para ser violado como moeda de ódio e discriminação.
Nunca é demais lembrarmos as boas práticas que se deve ter nas redes sociais.
As
redes sociais são praticamente a 8ª maravilha do mundo: pessoas se comunicam a
todo instante de qualquer lugar do mundo, compartilham suas experiências e, até
as mais inexperientes marcas tem um reforço mais do que importante para se
comunicarem com seus clientes.
Mas,
falando em nós – usuários apaixonados pelo Facebook, Twitter, Instagram, e
muitas outras redes sociais – considerando que somos brasileiros, fervorosos
por sentimentos e mais do que impulsivos, será que sabemos utilizar
corretamente essas ferramentas?
É
sabido que, pelo menos uma delas, não. Em entrevista recente Mark Zuckerberg,
criador do Facebook, criticou o “mau comportamento” dos brasileiros na
ferramenta. “Se por um lado, os brasileiros fazem o Facebook crescer, por outro
estragam tudo”, disse.
A
crítica obviamente se deve à histórica tendência ao exagero de alguns
brasileiros, que compartilham mensagens excessiva e repetidamente, repassam
correntes e/ou derrapam e muito na gramática. Considerando tudo isso,
Zuckerberg ainda disse que planeja elaborar um manual de comportamento
exclusivamente para nós. Que mico, né gente?!
Pensando
nisso, vale a pena conferir algumas regrinhas básicas pra gente seguir enquanto
usuários das redes sociais:
Não
se exponha demais: Compartilhar exatamente todos os passos que você dá na vida,
além de por em risco a sua segurança e da sua família (sim, até os bandidos
estão de olho no que você posta), faz com que você perca alguns amigos virtuais
e seguidores, já que nem tudo é de interesse mútuo e acaba saturando a timeline
alheia.
Cuidado
com as palavras que usa: Palavrões, gírias grotescas ou ofensas não são bem
vindas nas redes sociais. Trata-se de um princípio básico de comportamento.
Lembra quando o seu pai e sua mãe diziam “olha essa boca, menino!”? Pois então,
isso também vale para seus posts.
Deixe
os desabafos íntimos e indiretas para falar pessoalmente: Não tem nada pior do
que ler alguma coisa escrita pelo seu amigo do peito que demonstre o quanto ele
está chateado porque “alguém” pisou na bola com ele. Então, pra que dar
preocupação pra quem não merece? Além disso, é chato demais fazer isso, né
gente?! Vamos ser mais honestos, falar teti-a-teti e distribuir alegria e não
rancor.
Não
seja o reclamão: Vamos combinar que é bem chato seguir aquela pessoa que, volta
e meia reclama da vida, né?! Então pense bem nisso antes de compartilhar suas
mágoas publicamente. Na medida certa, você pode e deve expressar suas opiniões,
mas cuide para não ser negativo em excesso, ou até mesmo ofender alguém.
Mantenha
uma boa postura: As redes sociais são a sua cara, mostram o que você é como
pessoa. Muitos ainda não sabem, mas hoje uma das primeiras atitudes dos
recrutadores ao estudarem um candidato, é dar aquela fuçada nas suas redes
sociais. Se a postura e comportamento do indivíduo não forem lá muito
exemplares, as chances de ele ser descartado são muito grandes. E você não quer
perder uma boa oportunidade, seja de emprego, negociação ou de um contato
promissor por causa de um post mal pensado, certo?
Seja
autêntico: É bacana a forma como a gente consegue conhecer um pouquinho mais
dos nossos amigos através das redes sociais, não é? Por isso é mais do que
importante não se construir uma imagem falsa, tentando transmitir algo que você
não é, que não corresponde com a sua realidade. Não é necessário nem explicar
porque isso não é legal!
Preste
atenção na gramática: a língua portuguesa é difícil, a gente sabe. Mas gente, o
básico é essencial. Pega bem mal escrever errado, e a gente vê umas coisas bem
absurdas por ai.
Seguindo
essas premissas básicas, a ideia principal é: seja discreto, verdadeiro e,
acima de tudo, aproveite a era digital e o que ela tem de melhor para se
informar de tudo e mais um pouco, e crescer como pessoa, não o contrário. Fonte: acijs
Por: Elder Pereira
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