247 - Segundo dados do Sindipol (Sindicato dos Policiais Civis do Estado) do Espírito Santo, ao menos 52 homicídios foram registrados desde sábado (4) em todo o Estado, quando um movimento de mulheres de policiais passou a impedir que eles saíssem às ruas.
Apenas nesta segunda-feira (6), 28 pessoas morreram, e mais 16 neste domingo. No DML (Departamento Médico Legal), na capital, Vitória, corpos estão espalhados por corredores da instituição.
Homens das Forças Armadas e da Força Nacional começarão a patrulhar as ruas da região metropolitana de Vitória nesta segunda, em uma operação para reforçar a segurança, anunciou o governo federal.
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Forças Armadas vão para as ruas no ES reforçar segurança durante greve da polícia
(Reuters) - Homens das Forças Armadas e da Força Nacional começarão a patrulhar as ruas da região metropolitiana de Vitória, capital do Espírito Santo, nesta segunda-feira, em uma operação para reforçar a segurança diante de uma "grave situação" provocada pela greve da Polícia Militar, anunciou o governo federal.
Tropas da Marinha, do Exército e da Aeronáutica atuarão sob a chamada Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em atendimento a pedido do governador em exercício, César Roberto Colnaghi, à Presidência da República, que autorizou a atuação dos militares.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, conversou por telefone com autoridades do Estado e viajará também nesta segunda para Vitória, informou o Ministério da Defesa em comunicado.
Além das Forças Armadas, o Espírito Santo também receberá 200 homens da Força Nacional para o reforço do policiamento em Vitória, de acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A greve dos policiais militares do Espírito Santo resultou em uma série de crimes na região metropolitana de Vitória no fim de semana, de acordo com a Polícia Civil do Estado. Vídeos divulgados nas redes sociais flagraram assaltos nas ruas da cidade, provocando pânico entre moradores.
O governo do Estado informou em nota que trocou o comando da PM "para restabelecer a ordem e disciplina", e disse que irá continuar conversando com os policiais para garantir o policiamento nas ruas.
A administração estadual também disse ter obtido uma decisão favorável do Tribunal de Justiça contra a paralisação da PM, na qual foi determinada multa diária de 100 mil reais caso os policiais não cumpram a determinação de retornar às atividades.
A crise na segurança no Espírito Santo ocorre semanas após uma série de rebeliões em presídios do país em consequência de conflitos entre facções criminosas, que deixaram ao menos 130 mortos e levaram o governo federal a autorizar o envio das Forças Armadas a penitenciárias para a realiação de varreduras.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)
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