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Golpistas querem mulher na cozinha, nos piores serviços e sem aposentadoria



Depuseram a primeira mulher eleita presidenta para aniquilar décadas de conquistas das mulheres e impor as condições femininas existente no final do século XIX
Albetiza Moreira, militante do PCO⁄PI e de Educadores em Luta
Os golpistas, desde que usurparam 54 milhões de votos da população e destituíram a presidenta eleita (aliás, a primeira mulher eleita, para dirigir o nosso país) não param de demolir as conquistas históricas da população.
O golpe começou cassando o voto do povo brasileiro, mas principalmente das mulheres que em foram decisivas na eleição da presidenta. Com tal decisão os golpistas apontaram claramente que o voto das mulheres (e do povo brasileiro) não vale nada. Como no começo do século passado, quando as mulheres não podiam votar; agora, votamos, mas quem decide se o voto vale são os homens, ricos e brancos que dominam o STF, o Congresso Nacional e o governo golpista que destitui a presidenta e várias ministras. Em seu lugar, um governo machista e reacionário, totalmente submisso aos interesses do imperialismo.
Em poucos meses estão sendo aniquilados direitos e garantias sociais, que existem há 70 anos, como as leis de proteção ao trabalho.
A conta para as mulheres
As mulheres pobres, as trabalhadoras de modo geral, serão as maiores prejudicadas com esta varredura nos direitos sociais da população brasileira. Um exemplo, de como estes golpistas são inimigos das mulheres é a “reforma da Previdência”, onde o governo propõe o fim da aposentadoria especial das mulheres, igualando a idade mínima para aposentadoria, entre homens e mulheres. Cinicamente,  o governo usa a justificativa de que está garantindo a igualdade entre homens e mulheres, desconhecendo a dupla ou até tripla jornada das mulheres trabalhadoras , e as condições especificas da saúde feminina.
Temer iniciou seu desgoverno extinguindo a Secretaria Nacional de Política para as mulheres era um claro sinal do que viria pela frente, além da aposentadoria, o governo vai impedir o acesso às pensões. Sabemos que a grande maioria dos benefícios de pensões por morte são usufruídos, por viúvas de baixa renda, que não vão pode acumular o benefício da aposentadoria, com o benefício das pensões, um claro confisco do governo aos dinheiro e aos direitos de quem contribuiu com a previdência social.
Na Saúde a tendência é aniquilar o SUS e minar o acesso de mulheres a programas de saúde, ao acesso a medicamentos e ações preventivas. Em poucos anos aumentará a precariedade da saúde das mulheres, óbito de mulheres por doenças, devido aos baixos investimentos em saúde pública.
A reforma trabalhista, que prevê aumento da jornada de trabalho, prevalência do negociado sobre a lei, parcelamento de férias resultará na semi escravidão de homens e mulheres. Uma tragédia para as trabalhadoras que além de escravizadas, nas empresas, serão também as mais atingidas com os cortes nos gastos públicos. Por exemplo: com os congelamentos dos recursos para investimentos haverá redução da oferta de vagas em creches e centros de educação infantil.
A direita golpista, ainda conta com uma bancada raivosa de fundamentalistas, que atuam no congresso para eliminar os direitos sociais e reprodutivos das mulheres. Querem criminalizar, até mesmo o aborto legal, em caso de estupro e risco á vida das mulheres. É preciso defender o direito ao aborto, a sua discriminalização e a liberdade de decisão da mulher.
A saída é lutar contra o golpe
O golpe de Estado atacou e vai agravar ainda mais as condições de vida das trabalhadoras, para manter as garantias sociais a alternativa é ir pra ruas e derrotar Temer e todos os golpistas.
É preciso impulsionar ás lutas nas ruas contra a direita. As mulheres devem formar comitês contra o golpe, pela anulação do impeachment e pelos nossos direitos, nos bairros, nas fábricas, nas empresas, nos locais de trabalhos, de moradias, apoiar os comitês formados por sindicatos contra o golpe.
É possível derrotar os golpistas, o local é nas ruas, não devemos acreditar que o golpe será derrotado no Congresso, por vontade da Justiça ou com eleições sob controle dos golpistas.
Também não adianta se limitar a lutas parciais e pontuais, como se restringir às bandeiras feministas e LGBT, é preciso articular as lutas setoriais à luta geral, que é derrotar o golpe para que os golpistas não marchem e pisem sobre nossos direitos e garantias sociais.

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