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Servidores do estado do Rio se desesperam com corte de 30% sobre salários: ‘É a morte’

Aposentada, Eliete Emmanuel da Motta, de 65 anos, diz que aposnetados sofrerão com as medidas propostas Foto: Thiago Freitas / Agência O Globo



Após a divulgação das medidas de austeridade pelo governo do estado, chamadas pelos servidores de “pacote de maldades”, o funcionalismo teme que as dificuldades financeiras aumentem. Isso porque, desde o início do ano, além da mudança no calendário de pagamentos, várias categorias, aposentados e pensionistas sofrem com o parcelamento dos vencimentos. Agora, os servidores ativos, que já contribuem com 11% dos vencimentos, vão passar a pagar 14%, além de uma alíquota extra de 16%, criada. Inativos e pensionistas que ganham mais de R$ 5.189,82 também pagarão o mesmo.

A mudança mais extrema será na faixa de aposentados e pensionistas que ganham abaixo de R$ 5.189,82. Isentos até hoje, eles passarão a contribuir, caso o projeto de lei seja aprovado na Alerj, com 30% de seus vencimentos.

A aposentada pelo Tribunal de Justiça do Rio Eliete Emmanuel da Motta, de 65 anos, está indignada com a atitude do governo.

— Esta medida é a morte para os aposentados do estado. É um completo desrespeito — diz.

O policial civil Ivan Batista, de 37 anos, 15 deles dedicados à corporação, já sofre com os constantes atrasos no salário. São, nas palavras dele, contas atrasadas, limite do cheque especial estourado e empréstimos frequentes.

— Já está um caos total. Como se não bastassem todos os problemas financeiros, ainda preciso levar água e papel higiênico para a delegacia onde trabalho — conta.

E as reclamações não terminam. O professor Flávio Lopes de Oliveira, de 32 anos, diz que está com a renda comprometida:

— Estou atolado com consignado e, por causa dos constantes parcelamentos de salários, fica difícil manter a vida financeira em dia. Manter três filhos nesta situação é muito difícil.


Fonte: extra

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