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PSDB e PMDB já dormem em camas separadas


Brasil247

Acabou a lua-de-mel do PSDB com o PMDB.

Já estão dormindo em camas separadas.

Por PSDB leia-se o PSDB de Aécio Neves. Aquelas cenas em que Aécio aparecia, sorridente, paparicando Temer são fotos do passado.

A primeira estocada partiu do senador José Aníbal. Embora seja paulista e suplente de Serra ele é o mais aecista dos senadores tucanos.

Aécio deu-lhe a presidência do Instituto Teotônio Vilela. Serra deu-lhe uma banana, que é o que costuma fazer com seus aliados.

Aníbal vai falar por Aécio sempre que não interessar a Aécio verbalizar o que pensa.

Se tiver que recuar não foi ele quem falou.

As críticas de Aníbal à política econômica de Temer foram o primeiro aviso de que os tucanos querem se descolar dos peemedebistas o mais rapidamente possível.

Não há tempo a perder, 2018 está logo ali.

No fundo, no fundo, a única coisa que o PSDB de Aécio queria do PMDB era jogar Dilma pra fora do ringue.

Agora que ela está fora do jogo não interessa mais ficar no mesmo barco de Temer que tem na primeira classe alguns passageiros de péssima reputação, como Cunha. Aécio não quer esse aliado incômodo, prefere atirá-lo ao mar. Enquanto Temer teme atirá-lo ao mar.

Pois o mar (de Temer) não está para peixe.

Meirelles foi o alvo dos ataques de Aníbal, aos quais a mídia tradicional deu grande destaque não apenas porque sua política neo liberal não vai dar certo (não deu certo em país algum), mas porque periga ser ele – e não Aécio – o candidato de Temer em 2018.

Essa história aventada pelo gandula Rodrigo Maia de Temer candidato em 2018 não tem pé nem cabeça, ele não só não tem voto como também o Ministério Público de São Paulo já o declarou inelegível.

Mas a presença de Serra no governo não quer dizer que o PSDB está no governo? Não vai pegar mal para o Aécio? Não, porque o PSDB de Aécio não está no governo e sim o PSDB de Serra.

Aécio não só não está no governo como não engoliu até agora Serra no governo, que é o outro motivo para o fim da lua-de-mel, pois ele é seu adversário potencial em 2018 e seria melhor deixá-lo à míngua e não exposto na vitrine ministerial.

Com Serra no governo Aécio tem dois paulistas a atrapalhar seus planos presidenciais: ele e Alckmin.

Tal como acontece nas melhores famílias, depois de dormir em camas separadas os dois partidos vão dormir em quartos separados, e não demora muito em endereços diferentes.

No fundo, no fundo, os dois partidos nunca tiveram muita coisa em comum a não ser o objetivo de destruir Dilma e o PT.

O PSDB nasceu do PMDB, ou melhor, abandonou o PMDB no momento em que Orestes Quércia assumiu a presidência.

A multiplicação de escândalos relacionados à Lava Jato envolvendo peemedebistas também incomoda.

O PMDB não é boa companhia para quem quer ganhar em 2018.

Depois de romper a frágil e episódica aliança com o PMDB, Aécio terá de resolver outro problema: como tirar Lula da disputa.

Porque de Meirelles ele pode ganhar, mas Lula é osso duro de roer.

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