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Gilmar Mendes debocha da democracia e do Brasil


Brasil247

Querida amiga Lucia Leiga Oliveira, Belo Horizonte, MG

Sempre me lembro com gratidão e saudade de ti. Em 1983 ou 1864 estive em Belo Horizonte para conhecer um projeto que coordenavas. Hospedaste-me fraternal e solidariamente em tua casa. Aprendi muito contigo e com as pessoas com quem trabalhavas.

Agora, graças ao caso que atinge o prof. Jaider Batista da Silva, numa perseguição política que o vitimiza do mesmo modo que grandes lideranças são atacadas em todo o Pais, tive a alegria de ver teu nome vibrando na lista dos apoiadores de Jaider. Não poderia ser diferente em se tratando da mulher de fé e de luta que és.

Analiso aqui a questão Gilmar Mendes. Esse cidadão, que é indevidamente ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é uma excrescência e uma vergonha para o Brasil. No pior sentido possível.

Escrevo no título desta postagem que Gilmar Mendes debocha da democracia e do Brasil. O dicionário Aurélio define que debochar é lançar na devassidão; tornar devasso; prostituir. Debochado é devassado, libertino, corrupto.

É isso que Gilmar faz com a democracia brasileira ao debochar deste regime ameaçado, inclusive por ele: devassa, prostitui, pratica libertinagem política e corrompe nossa liberdade.

Ignorante ou cínico – ou as duas coisas – afirmou que a proposta que a Presidenta Dilma fez aos senadores de realizar um plebiscito para que o povo decida se quer novas eleições para Presidente e vice, caso o Senado supere o golpe do impeachment, se parece mais com um embate político.

Como assim? Gilmar pensaria que plebiscito não seria conflito, embate político entre os golpistas – como ele – e os democratas?

Será que ele imagina algo como um carnaval ou uma festa de aniversário de gente da laia dele com referência a um plebiscito numa conjuntura convulsionada como a que vivemos?

Levando o seu deboche e seu espírito imundo ao máximo, disse que o plebiscito seria como uma brincadeira de criança.

Afirmou que a proposta não teria apoio na Câmara nem no Congresso; que precisaria fazer emenda constitucional para que se faça a convocação de novas eleições, coisa não prevista atualmente.

Quer dizer, o desqualificado ministro não tem nenhuma ideia a propor, nenhuma contribuição decente a dar para o debate construtivo de saídas para o País em crise, mas deboche ele tem.

Age de modo moleque e irresponsável num comportamento próprio da direita golpista, traidora e entreguista, que prefere levar o Brasil ao desastre para, destroçado, vendê-lo ao invés de fortalecer e democracia e o Estado solidário com a Nação.

Mendes é uma voz da direita inescrupulosa que se sente à vontade sob o desgoverno do golpista de plantão no Planalto. Aliás, o inepto ministro, que não faz justiça, colaborou arduamente para que o golpe seja dado contra a democracia. No início de 2016 promoveu um seminário em Portugal com a participação dos golpistas e imorais José Serra, Aécio Neves e outros, como o traidor e ex-motorista do revolucionário assassinado pelo delegado Fleury em São Paulo, Carlos Mariguela, Aluysio Nunes, líder (que líder!) do governo interino golpista no Senado. MisShel Temer, o traidor, participaria, mas não compareceu porque daria muito à vista o seu espírito obsidente.

O debochado, que ri da desgraça brasileira, não se preocupou nenhum pouco quando foi flagrado em almoço num restaurante em Brasília para combinar o golpe nem com sua visita ao golpista interino na calada da noite de um sábado.

Não há dúvidas de que Gilmar Mendes trilha o caminho da direita, do golpe e da traição à democracia.

Seu currículo recheado de crimes cometidos contra indígenas, pequenos agricultores, amplamente testemunhados pelas denúncias da Comissão Pastoral da Terra e do MST, sem que sejam ouvidos apesar do sangue derramado por seus irmãos perseguidos pelos interesses que o debochado representa.

O péssimo integrante do judiciário máximo brasileiro só está no cargo de ministro do STF porque sua indicação nasceu do ninho onde dormiam e dormem os neoliberais que rebentaram com o Brasil durante o desastrado governo de FHC. Mendes é partidário filiado de coração do grupo de FHC, Aécio Neves, José Serra e da turma que sustenta as piores sujeiras que se pratica no Brasil. É da corrente dele que jorrou o impeachment que atordoa e infelicita o País.

Sem dúvidas, este senhor das alturas da elite corrupta protege os selecionados de Sérgio Moro para não serem investigados e punidos.

Há certas pessoas que precisam ser estudas nas suas raízes para entendermos seus comportamentos e o que fazem de bom ou de mal pela humanidade.

Com Gilmar Mendes é o contrário. Por conhecermos sua prática e compromissos políticos devassos nos é possível inferir que votaria a favor da deportação e do assassinato da mulher grávida Olga Benário, como o fizeram os seus colegas do STF por pressão de Filinto Müller, o torturador da ditadura Vargas.

Gilmar apoiaria o massacre à democracia que a ditadura militar sanguinária promoveu a partir do golpe de 1º de abril de 1964, como o fez o STF ao aceitar a deposição de João Goulart pelos golpistas que declararam vaga a Presidência da República, quando o Presidente estava em território nacional.

Portanto, não é tão estranho, embora nojento, que se ouça essa voz cavernosa a ofender as lutas de nosso povo, que geme sob o golpe que agride direitos e ameaça nossa integridade nacional, pisando em nossa soberania e em nossa honra.

Nestes últimos meses e dias se aguçam os ânimos, se acirra a luta de classes com tom de guerra civil, os rumos do Brasil se tornam incertos e Gilmar Mendes debocha de todos nós.

O debochado que prostitui nossa liberdade não age sozinho. Gilmar representa o que há de pior da classe dominante nacional e de sujo internacionalmente.

Por isso não cessa de nos provocar e de achincalhar desrespeitosamente a República ameaçada.

Gilmar circula com soltura pelo Palácio do Planalto ocupado pelo golpe e pelos corredores institucionais da mídia manipuladora de seus amigos Marinho.

Gilmar Mendes é o símbolo da voz feia e da imagem suína da elite entreguista e golpista.

A impressão superficial é a de que a vez agora é a da casta dominante fazer a festa.

Mas não é assim. É bom que identifiquemos os seus agentes, como o é esse senhor.

Mendes é a voz dos opressores, dos injustos, da elite mais atrasada que odeia o povo, dos que concentram terras, riquezas e rendas. Quando ele debocha dos direitos democráticos do povo brasileiro o faz em nome dessa escória.

Depois deles virá nosso povo, que não debocha de ninguém, muito menos das soluções que se apresenta em favor do Brasil.

Não há ronco de trovões nas noites escuras que não seja superado pela luminosidade dos raios da liberdade e da justiça social, que um dia revolucionará tribunais, parlamentos e governos, fazendo com que as instituições sirvam ao povo e não mais os achincalhadores.

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