Da bem informada nos círculos brasilienses, Helena Chagas, no site Os divergentes:
É o mais tenso recesso do Judiciário dos últimos tempos, em meio às operações da Lava Jato e seus filhotes e aos rumores sobre a delação de um importante advogado, que já mencionamos aqui.
Em Brasília, segredos duram pouco, e o mundo jurídico já tem razoável certeza sobre a identidade do personagem. A versão mais recente, e mais amena, é que esse jurista teria descoberto negócios pouco ortodoxos de seu escritório com clientes envolvidos em lavagem de dinheiro e outros malfeitos. Ao saber que estava na mira dos investigadores – advogados sempre sabem – antecipou-se e negociou a delação, atribuindo os negócios a um antigo sócio, convenientemente falecido.
O detalhe é que esse advogado que negocia a delação tem excelentes relações não só com a cúpula do mundo jurídico, mas também com os políticos mais importantes de Brasília, sobretudo no comando do PMDB.
A bomba está para estourar. Mas Teori Zavascki, Rodrigo Janot e outros estarão de férias nos próximos dias. Quem vai resolver tudo no STF nesse recesso – inclusive prisões, cautelares e etc – é Ricardo Lewandowski, que ficou em Brasília tomando conta do lojinha.
Quando a coisa chega a este nível, está mesmo para estourar.
No país da delação, não há mais segredo que resista a este grau de “conhecimento geral”.
Só quando convinha, por exemplo, que um ladravaz com a folha corrida de Eduardo Cunha se elegesse presidente da Câmara para “detonar” o governo de esquerda, a poder de pautas-bomba.
Aí valia a pena tratar suas falcatruas de maneira quase “folclórica”.
A república da deduragem tomou o freio nos dentes e pouco importa a destruição do país.
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