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Temer pede para tirar pobres do Orçamento e Congresso concorda, mostra Estadão POR FERNANDO BRITO



“Michel Temer (PMDB) pediu para retirar dos objetivos principais a atuação da administração para assegurar a “distribuição de renda” e também o “fortalecimento dos programas sociais” e a execução de “políticas sociais redistributivas”.
Não é denúncia de esquerdista, é trecho de matéria de Mateus Coutinho, Julia Affonso e Fausto Macedo, no Estadão.
As expressões estavam na proposta original do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017 – que traça as metas e prioridades da gestão pública federal e orienta a Lei Orçamentária anual – encaminhado por Temer ao Congresso em 23 de maio deste ano. 
Mas…
Um oficio (do) ministro do Planejamento em exercício Dyogo Oliveira no dia 7 de julho, porém, propunha alterações no texto encaminhado originalmente. Dentre as mudanças sugeridas, a proposta do Ministério do Planejamento retirava do anexo IV do projeto de lei, que trata especificamente das metas fiscais, todas as expressões com referência ao combate à desigualdade social no País (que ainda figura entre os mais desiguais do mundo) e de fortalecimento dos programas sociais.
Não se pode acusar o governo Temer, neste caso , de insinceridade.
Os pobres estão mesmo para ser retirados do Orçamento.
Estão mesmo para serem tirados das prioridades de Governo.
Do seu Orçamento.
De seus planos.
Os pobres, se isso for possível, devem ser retirados da realidade visível, devem ser jogados para o gueto.
A solução é simples, basta aumentar voltagem e a amperagem das cercas eletrificadas.
Desde quando, afinal, os pobres devem fazer parte de qualquer programa de políticas públicas que não sejam os de segurança?
Não há questão mais importante a  ser compreendida do que entender que o mal tomou o poder.

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