Em
meio à crise institucional que o Brasil convive, fruto de um golpe a democracia
que estremeceu as relações entre os poderes e ascendeu dúvidas sobre os reais
motivos daqueles que votaram pela abertura do processo de impeachment, o País
sofre com a desconfiança internacional, do mercado financeiro, dos movimentos
sociais, entre outros setores importantes da sociedade.
Suspeitas
e questionamentos que pairam sobre um governo ilegítimo - apoiado por líderes
políticos, jurídicos, empresariais e midiáticos com ficha criminal, reputação e
posições duvidáveis - que colocam em risco não só a democracia brasileira, como
ainda, os direitos trabalhistas e previdenciário, além da garantia de
investimentos em saúde e educação.
Os
perigos que ameaçam as conquistas sociais e econômicas da última década não são
resultados de uma ação individual e momentânea, mas sim, de uma estratégia conservadora
de propagação do ódio seletivo e criminalização dos movimentos sociais, baseada
em hipocrisia. Aécio, citado em diferentes delações premiadas, se beneficia do
silencio midiático e da proteção do STF, que sob a decisão de Gilmar Mendes,
autorizou e desautorizou, em menos de 24 horas, investigações contra essas
denúncias de corrupção.
Sob
a efervescência e desagravos que rondam sobre a publicação das conversas entre
o senador Romero Jucá (PMDB) e o ex-senador e ex-presidente da Transpetro,
Sérgio Machado (PSDB), além da confirmação de esquemas de corrupção entre
tucanos e pmdbistas, confirmou as suspeitas de subordinação do STF, a PGR e
Ministério da Defesa, que proporcionaram a consumação de um golpe de Estado
denunciado no mundo inteiro, em todas as línguas.
Os
registros grampeados correram o mundo. Mas, aqui no Brasil, parece uma coisa
menor, algo tolerável como se essas instituições e os seus representantes
estivessem acima de qualquer possibilidade de questionamento. As leis,
transparência pública e satisfação da sociedade é tratada como uma banalidade e
desrespeito, como se o "licenciamento" de Jucá respondesse a todos os
questionamentos às instituições brasileiras.
Segundo
as gravações, fica cristalino até para os mais patriotas de verde e amarelo,
que o interesse do afastamento da presidente Dilma Rousseff era interferir e
barrar as investigações da operação Lava Jato, responsável pela investigação de
uma boa parte dos correligionários, com ficha criminal extensa, que votaram
pelo impeachment contra o fim da corrupção
A
reboque dos interesses de uma elite financeira e midiática, interrompe-se um
breve, mas pujante período de mínima justiça social. A política de retrocesso
do programa Ponte para o Futuro visa aumentar o exército de mão de obra barata,
exterminar a população pobre, entregar as reservas energéticas e empresas
estatais e submeter a nação ao capital especulativo.
Um
governo provisório e ilegítimo reconhecido pela queda de três ministros em 20
dias, de polêmicas e ameaças ao Sistema Único de Saúde (SUS), ao Ministério da
Cultura, aos direitos das mulheres e ao funcionamento da Lava Jato.
Fonte:
brasil247
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