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GLEISI CONDENA FIM DO SUS, PROPOSTO POR MINISTRO


Esmael Morais - O ministro interino da Saúde, Ricardo Barros, em nome do governo ditatorial de Michel Temer, afirmou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, edição desta terça (17), que se inspira na Grécia, que cortou as aposentadorias, e, portanto no Brasil, avisa que vai reduzir o acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS).
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), desde Portugal, onde participa hoje da Assembleia Geral do Eurolat — parlamentos europeu e latino –, denunciou a intenção da ditadura Temer acabar com o SUS. Segundo ela, Barros é o mesmo que quer acabar com o programa Mais Médicos e propôs, no Orçamento de 2016, cortar R$ 10 bilhões do Bolsa Família para reforçar o fundo partidário.
O SUS é uma conquista de todos os brasileiros na Constituição Cidadã de 1988. Trata-se do maior plano de saúde público do mundo, que muito inveja outras nações inclusive os Estados Unidos.
O fim do SUS ou mesmo sua diminuição significa abrir mercado para a atuação dos imprestáveis planos de saúde privados.
Em tom indignado, a senadora questiona: "Por que não propõem aperfeiçoar a gestão dos encargos financeiros? Baixar juros? Cobrar impostos dos mais ricos?". Gleisi ainda complementa perguntando por que a "austeridade" tem sempre de ser contra os mais pobres. A seguir, leia a íntegra da opinião da senadora sobre o fim do SUS:
"AUSTERIDADE" AMEAÇA O SUS
Sob o discurso comportado da austeridade orçamentária – gastar o que se tem – o Sistema Único da Saúde entra na dança dos cortes de recursos. O SUS precisa caber no Orçamento, diz hoje, em entrevista na Folha de São Paulo, o novo ministro da Saúde, deputado Ricardo Barros (PP/PR), que como relator geral do Orçamento de 2016 propôs cortar R$ 10 bilhões do Bolsa Família. E que antes de ontem disse que iria rever o Mais Médicos, priorizando médicos brasileiros, como se eles existissem em número suficiente e se dispusessem a trabalhar em qualquer rincão desse país.
Sob o discurso de "aperfeiçoar a gestão" do SUS, esconde-se a real intenção de reduzi-lo, diminuí-lo.
Afinal, ele custa muito. Será que estão propondo recriar a CPMF para pagar juros e encargos da dívida?
Por que não propõem aperfeiçoar a gestão dos encargos financeiros? Baixar juros? Cobrar impostos dos mais ricos?

A "austeridade" tem sempre de ser contra os mais pobres? Esse governo interino terá como resultado o desmantelamento da proteção social mínima que o país tem dado a seu povo. Doloroso!

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