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PESQUISA EM MINAS APONTA LULA COM MAIS DE 40 PONTOS



Assombroso


O TEMPO - Não há outro termo para resumir os resultados da recente pesquisa presidencial do instituto Doxa em Minas (registro MG 08013/2018): um assombro. Preso em Curitiba e virtualmente inelegível, Lula abriu frente de dez pontos sobre todos os seus adversários e já vence com folga no 1º turno. É a primeira pesquisa registrada a mostrar Lula acima dos 40 pontos e com ampla maioria das intenções de voto no Estado. O ex-presidente chega a 41%, contra 31% dos outros somados; sua preferência é quase três vezes a do 2º colocado, Bolsonaro, que tem 15%. Marina e todos os outros aparecem na faixa de 6% a 1%: viraram nanicos.

O que vem aí

O trabalho de campo, com a coleta de 2.500 entrevistas domiciliares e nível de confiança de 95%, foi finalizado em 8 de julho, dia da guerra judicial em torno da soltura de Lula. Ou seja, captou os primeiros efeitos do imbróglio. Se os dados são indicativos de uma tendência, as próximas pesquisas devem encher a bola do ex-presidente. Há várias em curso no país. Três delas, feitas pelo instituto Vox Populi para o PT, saem a partir de amanhã.

Enigma da urna

A transferência lulista virou um buraco negro na eleição. Um enigma a ser decifrado, forçosamente. E se a resposta não for correta, o candidato ou partido estará apostando no cenário errado. O problema é que esse enigma não é simples: as opiniões se dividem, as informações divergem. O Vox avalia que Lula transfere votos de 20% a 32% do eleitorado; o Datafolha, 30%. Outros institutos trabalham com índices modestos, até 12%. E há quem fale em apenas 6%. No momento, há número para todos os gostos e análises. Talvez, o real só se revele nas urnas.

Bate o martelo

O senador já está comunicando aos amigos, familiares e correligionários que irá concorrer a deputado federal. Na última sexta-feira, fez reunião em São João del Rei para informar a decisão a aliados locais. Também ligou, no mesmo dia, para avisar o presidente do PSDB-MG, Domingos Sávio.

Corda bamba

Pacheco pode ficar sem sustentação para disputar o governo após o acordo centrão-PSDB. Mas ele não está sozinho na corda bamba: Carlos Viana, candidato a senador pelo PHS, também balança. Se Pacheco topar a oferta tucana e concorrer ao Senado na chapa de Anastasia, não haverá espaço para Viana no mesmo palanque. O outro postulante a senador da chapa, Dinis Pinheiro, está mais firme, graças ao apoio do SD e do PPS.

O X da questão

Todos os pesquisadores estão debruçados sobre uma incógnita: a influência de Lula no eleitorado. Diante da força crescente e aparentemente inabalável do ex-presidente, medir e entender a potencia de transferência de votos se tornou crucial para definições estratégicas de partidos e candidatos, aliados e adversários, até nos Estados. Um exemplo de como Lula é o X das equações eleitorais é o caso do PSB, ainda sem posição nacional definida. A questão que importa ao partido: o apoio lulista pode levar à vitória os governadores Paulo Câmara (PE) e Márcio França (SP)? Se as pesquisas indicarem sim, o PSB fecha com o PT. Se não, tende a ficar neutro.

Mestre de obras

Ativo e candidato, Aécio teve papel relevante nos bastidores da articulação que levou o centrão a apoiar a candidatura Alckmin. Uma fonte tucana chegou a apontá-lo como um dos “construtores” do acordão, junto com o presidente Temer.

Replicando

Se depender do PSDB, a união do centrão será replicada em Minas. Na sexta-feira, os tucanos já iniciaram gestões para alinhar todos os centristas mineiros em torno de Anastasia. O próprio Alckmin estaria engajado no movimento por achar fundamental um palanque forte do PSDB no Estado e para cumprir o combinado com tucanos mineiros. Dois partidos centristas estão na mira: DEM e PP, hoje com Rodrigo Pacheco.

“Histórias que vivi na história”

FOTO: Jefferson Lorentz
Deputado Nilmário Miranda com Juca Ferreira e Oldack Miranda na noite de autógrafos do livro “Histórias que vivi na história”, em que relembra passagens de sua militância política desde a juventude.





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