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Roberto Freire tem ataque histérico após Jean Wyllys denunciar golpe no Parlasul - vídeo





Em sessão no Parlamento del Mercosur, o Parlasul, deputados votariam um requerimento para discutir a situação política na Venezuela e no Brasil quando o Roberto Freire (PPS-SP) começou a argumentar que só deveria ser discutida a situação na Venezuela, pois “não há presos políticos no Brasil”. Jean Wyllys (PSOL-RJ), então, pediu resposta para denunciar o golpe e a violência policial no Brasil e foi interrompido por Freire aos gritos. Assista 


Deputados dos países que compõem o Mercosul estão reunidos, nesta segunda-feira (29), em Mondevidéu, no Uruguai, em uma sessão do Parlamento del Mercosur, o Parlasul. Em um dos momentos da sessão, os deputados debatiam a votação de um requerimento para que se fosse discutida a situação política no Brasil e na Venezuela de forma urgente.

O deputado Roberto Freire (PPS-SP), que votou pelo impeachment de Dilma Rousseff e ajudou a compor o atual governo, pediu a palavra para exigir que se discutisse apenas a situação da Venezuela, já que no Brasil “não há presos políticos”, mas sim, “políticos presos”.

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), então, pediu a palavra e começou a denunciar o golpe no Brasil, escancarando a violência policial que o governo Temer vem aplicando contra a população que sai às ruas contra o seu governo. Wyllys citou o exemplo do manifestante que foi vítima de um golpe com cassetete de um policial militar e que está internado em estado grave. Aos berros, Roberto Freire interrompeu Wyllys, dizendo que o que falava o deputado do Rio de Janeiro era mentira.

Confira abaixo o vídeo e o relato de Jean Wyllys.



Fonte: revistaforum

Palavras do Deputado Jean Wyllys em sua página no Facebook sobre o ocorrido:

HIPÓCRITAS!

Estou participando de uma sessão do Parlamento del MERCOSUR, em Montevidéu, e quero contar a vocês um episódio bizarro que acabou de acontecer aqui. A gente tinha que votar um requerimento de inversão de pauta apresentado por outro parlamentar para debatermos de forma urgente a situação da Venezuela e do Brasil. Os deputados da direita brasileira (em especial, os deputados do PPS) ficaram muito nervosos e começaram a exigir que o debate fosse apenas sobre a Venezuela, alegando que no Brasil não tem presos políticos, nem repressão violenta, e que as instituições democráticas funcionam com total normalidade. Oi??? COMO ASSIM??!!

Eu pedi a palavra para responder e apresentei uma outra versão dos fatos. Avaliem vocês qual das versões está em sintonia com a realidade que vocês vivenciam todos os dias. 

No Brasil tem presos políticos sim. Não é só quando um deputado é preso que podemos dizer que há presos políticos. Um político preso pode ser, às vezes (mas nem sempre!), um preso político, mas nem todo preso político é um político preso. Rafael Braga não é um preso político? Os manifestantes que a polícia prende depois de jogar gases lacrimogêneos e dar porrada em todo o mundo não são presos políticos? E os indígenas, os sem terra, os sem teto? No Brasil tem repressão violenta sim, e MUITO violenta. Na manifestação pelas #DiretasJá em Brasília teve até policiais atirando com armas letais contra as pessoas, deixando varios feridos de tiro e bomba. E o estudante de Goiânia que ficou em coma depois que a PM chegou a quebrar um cassetete na cabeça dele? E a repressão brutal da polícia de Pezão no Rio de Janeiro? E a chacina policial que matou dez trabalhadores rurais dias atrás no Pará?

Aliás, foi um ministro do PPS que assinou um decreto para colocar o exército na rua!

Quais instituições democráticas funcionam normalmente no Brasil? Uma presidenta eleita foi deposta por meio de um golpe parlamentar! Temos um presidente corrupto, gravado enquanto cometia diversos crimes pelos quais foi denunciado pelo Procurador-geral da República. E tem uma maioria de parlamentares investigados por diversos crimes que se recusam a aceitar que o povo seja chamado para decidir em eleições #DiretasJá.

Eu comecei a falar tudo isso e fui interrompido aos gritos pelos deputados da direita, que partiram pra cima de mim com truculência, como valentões de colégio, impedindo a minha fala. Eles gritaram, ameaçaram e ficaram muito nervosos. No vídeo, dá pra ver a gritaria, mas o áudio foi cortado. Roberto Freire, ex-ministro do governo golpista, e Rubens Bueno, do PPS, me chamavam de mentiroso e gritavam: "Você defende a Venezuela!". Eles sequer procuram saber tudo o que eu já falei sobre a ditadura de Maduro ao longo dos últimos anos! Eu jamais defendi, muito pelo contrário, e fui criticado por setores da esquerda por denunciar a violência e as ações antidemocráticas do regime venezuelano! Contudo, diferentemente deles, eu sou coerente e não tenho tirano de estimação! Eles falam muito da Venezuela, mas não aceitam falar sobre o Brasil. Hipócritas!! Aqui também a democracia foi ferida e os direitos humanos são violados todos os dias!!

Não vão me calar com gritos, prepotência e ameaças! Eles acham que o #Parlasul é o parlamento brasileiro, onde estão acostumados a agir com truculência, mas eu não tenho medo dessa gente. Vou continuar falando em voz bem alta e sem eufemismos, e vou continuar insistindo: fora, Temer! Diretas já!

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