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LEGITIMAR O GOLPE PARA O DESMONTE DO ESTADO SOCIAL



por Luiz Henrique G. Moraes

Esta semana os donos do golpe, contra o povo, deram o tiro de morte no governo Michel Temer e no senador personalista Aécio Neves. A fritura de ambos sócios do golpe contra a democracia deve-se a dar legitimidade ao processo de desmonte contra as conquistas sociais dos trabalhadores nas últimas décadas.

O que está em jogo é a destruição dos nossos direitos sociais e a construção de um Estado Social no Brasil elencado na constituição federal de 1988. 

Segundo Ulysses Guimarães, deputado constituinte, promulgando a constituição cidadã:

“A Constituição mudou na sua elaboração, mudou na definição dos Poderes. Mudou restaurando a federação, mudou quando quer mudar o homem cidadão. E é só cidadão quem ganha justo e suficiente salário, lê e escreve, mora, tem hospital e remédio, lazer quando descansa. 

Num país de 30 milhões, 401 mil analfabetos, afrontosos 25 por cento da população, cabe advertir a cidadania começa com o alfabeto. Chegamos, esperamos a Constituição como um vigia espera a aurora.”


Segundo a carta constitucional:

“Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.”

Não nos enganemos, o golpe parlamentar foi apenas uma etapa do golpe, e como o AI-5, um golpe dentro do golpe. Estranho ver e ler os meios de comunicação da Globo apoiar a renúncia de Michel Temer, um político fraco e medíocre, por meio de editoriais e seus comentaristas na Globo News. Com atenção observamos que a intenção de se manter as contrarreformas liberais e de austeridade fiscal como a trabalhista e previdenciária e outras maldades que vem por aí. Já temos a PEC do teto de gastos que congela por vinte anos os investimentos públicos em saúde, educação, moradia, etc. isto é, o estrangulamento dos direitos sociais dos cidadãos brasileiros. Querem transformar o Brasil numa nação de párias, miseráveis, pessoas sem futuro e esperança. 


Ainda por lembrar o saudoso Ulysses Guimarães:

“A Constituição certamente não é perfeita. Ela própria o confessa ao admitir a reforma. Quanto a ela, discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca.

Traidor da Constituição é traidor da Pátria. Conhecemos o caminho maldito. Rasgar a Constituição, trancar as portas do Parlamento, garrotear a liberdade, mandar os patriotas para a cadeia, o exílio e o cemitério. ” 

Especula-se o nome de Henrique Meirelles, ministro da fazenda, para ocupar o cargo de presidente da república com apoio do mercado financeiro, por meio de eleições indiretas. Nada mais que dar um ar de legitimidade às políticas liberais de arrocho contra os trabalhadores e trabalhadoras.

Como bem disse a professora e militante pela previdência Denise Lobato Gentil: “A solução é ir para a luta, e muita luta.”

E a rua já estamos ocupando por nossos direitos.





Luiz Henrique Gomes Moraes

Técnico administrativo da Universidade Estadual do Norte Fluminense







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