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Lava Jato trai o Brasil: moleques de Curitiba vão à mídia americana antecipar decisão contra Lula


(Moro no Wilson Center em Washington, EUA, em julho de 2016 – Foto: Reprodução)

O CAFEZINHO - É muita safadeza.
Procurador e juiz brasileiros indo aos EUA, juntinhos, para condenar antecipadamente Lula na mídia americana…
Em qualquer outro país que não o Brasil, quem fizesse isso nem poderia voltar ao país. Ficaria por lá. Isso é pior que espionagem. É traição pura e aberta.
Imagina se procuradores americanos viessem ao Brasil denunciar políticos de seu pais na mídia brasileira? Isso para não falar de ingleses, franceses, russos, chineses…
Perdiam o emprego, cidadania, aposentadoria, tudo!
Ah se fosse na China!
***
Aos EUA, Lava Jato escancara polêmicas e antecipa Lula como responsável
SEG, 22/05/2017 – 17:08
ATUALIZADO EM 22/05/2017 – 17:20
Patricia Faermann

Jornal GGN – “A Operação Lava Jato é maior do que WaterGate?”, perguntou o âncora norte-americano do programa “60 minutes”, Anderson Cooper. “Muito, muito maior”, respondeu o procurador da força-tarefa de Curitiba, Deltan Dallagnol. Assim começa a reportagem no canal de notícias CBS News, que foi ao ar neste domingo (21).
Na polêmica entrevista dos procuradores e do juiz Sergio Moro ao noticiário estadonidense, o magistrado do Paraná admitiu que usou a “style-plea bargaining” dos EUA (negociação de apelo pela barganha) para conseguir que alguns réus cooperem”. “O juiz Moro e os promotores também estão dispostos a usar táticas controversas para combater o crime financeiro”, completou o jornal.
Para que os norte-americanos compreendessem a Operação realizada no Brasil, o noticiário comparou ao famoso caso WaterGate, escândalo político dos anos 70 nos Estados Unidos que provocou a renúncia do presidente Richard Nixon.
“Imagine se a investigação do Watergate levasse não só à queda do presidente Nixon, mas também a alegações contra seu sucessor, mais o presidente da Câmara, o líder do Senado, um terço do gabinete e mais de 90 membros do Congresso. Isso dá uma dimensão do que está acontecendo no Brasil agora. O mercado de ações do país mergulhou abaixo na semana passada, depois de um inquérito contra o presidente Michel Temer, pego em um grampo, aprovando compensações ilegais, uma acusação que tem potencial para impeachment”, disse o jornal.
Em seguida, completou com o que até hoje não foi admitido pelos grandes veículos de notícia brasileiros: Devido às consequências da Operação Lava Jato, “a última presidente do Brasil, Dilma Rousseff, foi alvo de impeachment”.
A transmissão levou aos Estados Unidos que se mais de 200 pessoas foram denunciadas por centenas de crimes e que a suposta quantidade de propina pagas atinge cerca de dois bilhões de dólares, dando grande espaço de voz aos investigadores de Curitiba, informou sobre o cenário da Lava Jato, com suas respectivas polêmicas.
Em tom quase heróico, o caso, noticiou a CBS, está sendo “conduzido por um pequeno grupo de jovens promotores idealistas e um juiz de cruzada”, em Curitiba, “uma cidade distante das elites dominantes de Brasília e São Paulo”. Como um dos destaques dos entrevistados foi o principal rival do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no campo do Judiciário, Deltan Dallagnol, o espaço foi aproveitado para publicizar acusações contra Lula.
“Os promotores dizem que o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, foi o mentor do plano e acusaram-no de corrupção e lavagem de dinheiro”, publicou o “60 minutes”.
E completou o periódico: “A Operação Lava Jato também teve um papel na queda de uma presidente em exercício, a primeira líder feminina do Brasil, Dilma Rousseff. Ela foi acusada em agosto por algumas violações técnicas das regras orçamentárias. Rouseff não foi acusada de corrupção, mas durante sete anos ela foi a presidente da empresa controlada pelo Estado no centro da investigação, e isso contribuiu para a raiva pública que levou à sua expulsão.”
O norte-americano Cooper também conversou com Dilma. “Você já recebeu algum suborno?”, perguntou. “Não. E esse é o problema deles [ex-oposição] quando se trata de mim: eu nunca recebi nenhum suborno, eu não sou acusada de recebimento de propinas, e eu não tenho nenhuma conta bancária no exterior”.
“Mas acho que para algumas pessoas, entretanto, é difícil acreditar que, como presidente, você não saberia que algo estava acontecendo”, insistiu o jornalista. “Deixa eu te falar: eu não sabia”, completou Dilma.
Um dos trechos de entrevista com o próprio juiz de primeira instância da Lava Jato deixou nítido o tom de heroísmo acreditado pelos investigadores. “Como foi quando Paulo Roberto Costa [o primeiro delator] prestou depoimento em sua Corte?”. “Ah, esse foi talvez o ponto de “não retorno”. “O ponto de não retorno?”, perguntou. “Sim, era como aquele filme ‘Os Intocáveis'”, disse Sergio Moro.
Sentindo-se como Elliott Ness, do filme, a reportagem diz que o magistrado do Paraná “se tornou algo como um herói popular”. E acreditando neste papel fictício, a CBS publicou: “Os brasileiros tiveram de lidar com a corrupção por décadas, e quando o juiz Moro e os procuradores começaram a revelar a extensão da corrupção, as pessoas saíram às ruas para mostrar seu apoio, muitas usando camisas e máscaras do juiz Moro”.
Um dos procuradores, Paulo Galvão, admitiu a lógica que o juiz Sergio Moro iniciou. “Eu entendi que estávamos vivendo em circunstâncias excepcionais porque a corrupção era muito difundida, e é preciso fazer algo grande para pará-la”, introduziu Moro. “Isso nunca aconteceu no Brasil”, disse Galvão. “O procurador Paulo Galvão disse-nos que as prisões foram um ponto de viragem”, esclareceu a reportagem.
“Em breve, os procuradores estavam recebendo ofertas de executivos assustados e políticos dispostos a cooperar e devolver dinheiro para evitar perder tempo”, continuou a CBS News.
Pouco tempo depois, após questionar se a corrupção nas empresas brasileiras era “sistemática” e obter de Dallagnol a resposta que “foi a regra do jogo”, Anderson Cooper perguntou aos investigadores: “Você acredita que este foi um esquema de políticos que basicamente enxergou nesta empresa [Petrobras] um caminho para se manter no poder?”.
“É exatamente a maneira como nós vemos. E, de fato, podemos ver que o mesmo esquema aconteceu em outras grandes empresas estatais no Brasil”, disse Paulo Galvão, no intuito claro de antecipar o tal responsável, Lula.
Assista à íntegra da reportagem no programa “60 minutes” da CBS, clicando aqui.



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