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CARDOZO DIZ QUE SANTANA REITEROU SUA CONTRADIÇÃO COM MÔNICA MOURA



247 -O ex-ministro da Justiça no governo Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, afirmou em nota nesta quarta-feira 17 que a manifestação do marqueteiro João Santana sobre as diferentes versões entre ele e sua esposa, Mônica Moura, sobre o episódio em que o casal conta ter sido avisado antecipadamente por Dilma de sua prisão "não só não esclarece a clara contradição entre o seu depoimento e o de Monica Moura, mas como a reitera".

"De fato, basta verificar os depoimentos dos delatores e a nota em questão, para que se constate a evidente contradição, sobre os momentos e as maneiras pelas quais teriam sido hipoteticamente avisados da sua prisão pela presidenta Dilma Rousseff", diz o ex-ministro, que nega ter informado Dilma antecipadamente sobre o mandado de prisão. Cardozo lembrou ainda que a não comprovação dos fatos fará com que o casal perca seus benefícios na delação premiada.

Confira abaixo o vídeo que mostra as diferentes versões e a íntegra da nota de Cardozo:



NOTA À IMPRENSA

A respeito da nota divulgada pelo publicitário João Santana, acerca de entrevistas que concedi sobre as claras contradições existentes entre os seus depoimentos e os de sua esposa Monica Moura, em delação premiada, afirmo e esclareço que:

1. É esperado que alguém defenda, inclusive com deliberada veemência e indignação, os termos de uma delação que firmou com a finalidade de obtenção de condições mais vantajosas para o cumprimento de uma sanção penal. Afinal, a não comprovação dos depoimentos prestados pelos delatores levará à perda das vantagens pretendidas.

2. Todavia, o que chama atenção é que, com esta manifestação, o publicitário não só não esclarece a clara contradição entre o seu depoimento e o de Monica Moura, mas como a reitera. De fato, basta verificar os depoimentos dos delatores e a nota em questão, para que se constate a evidente contradição, sobre os momentos e as maneiras pelas quais teriam sido hipoteticamente avisados da sua prisão pela presidenta Dilma Rousseff.

3. Reitero, por fim, que no caso da prisão de João Santana, nem a Polícia Federal, nem o Ministério Público, nem o Poder Judiciário quebraram o sigilo da operação, avisando a mim, então ministro da Justiça, das prisões antes do momento apropriado. Apesar da possibilidade da prisão, naquele período, ser abertamente especulada pela imprensa, fui comunicado da existência de mandado de prisão a ser executado, como rotineiro, no momento da sua concretização. Foi nesse instante que, ao ser cientificado, cumpri meu dever funcional informando à senhora presidenta da República da prisão de João Santana e da Monica Moura.

José Eduardo Cardozo, ex-Ministro da Justiça e ex-Advogado Geral da União




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