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EM NOME DA MORAL, A IMORALIDADE COM O BRASIL



Por Fernando Brito, do Tijolaço - Folha – na coluna de Maria Cristina Fernandes – e Estadão trazem matéria sobre algo que não impressiona os doutos de nossa imprensa: o brutal prejuízo que resultou da forma ao mesmo tempo carnavalesca e apocalíptica como foi conduzida a Lava Jato.

A Petrobras, informa Fernandes, reduziu em um terço o numero de seus fornecedores – de 18 mil para 12 mil. A este número de milhares, não se diga que foram as grandes empreiteiras. Foram pequenas e médias empresas, vitais para nossa economia, que investiram muito em qualidade para conseguirem alcançar os padrões que a estatal exige de seus parceiros.

Já o Estadão publica um levantamento com dez das maiores empresas citadas na Lava Jato que estima, que 600 mil funcionários diretos e terceirizados dessas companhias, perderam o emprego entre o início da Lava Jato, em março de 2014) e dezembro de 2016 foi de quase 600 mil pessoas. Analistas apontam que o efeito foi ainda maior, quando se consideram as vagas indiretas.

Claro que no setor de petróleo a queda do preço ajudou e a crise fiscal também reduziu o ritmo das obras públicas. Mas o fundamental foi o ambiente de insegurança em que o país passou a viver.

Os textos, curtos, nos quais os jornais não quiseram investir no aprofundamento – e no ambiente humano que este festival de demissões causou – é parte do paradoxo da “moralização” do Brasil.

Quer-se combater a corrupção para permitir que haja mais recursos para investimentos e serviços público e, ao fazê-lo, destroem-se os investimentos e serviços públicos.

E, com os setores que o próprio Estadão diz não ter mensurado, eleva-se acima do milhão – ou milhões, com suas família – o drama dos que passam a viver na miséria e no desespero.

Ou o objetivo -que nós, na nossa simplicidade, não conseguimos alcançar – é exatamente este?




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