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EM LIVRO, DALLAGNOL DIZ TER FICADO SURPRESO COM REAÇÃO NEGATIVA AO POWER POINT CONTRA LULA


VEJA QUE FALARAM SIM: 


247 - O procurador e coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, afirma, em um livro de sua autoria intitulado "A luta contra a corrupção" e que chega esta semana às livrarias, que o sistema político brasileiro é "criminógeno" e que o país vive uma "cleptocracia". No livro, onde elogia a ação do juiz federal Sérgio Moro, do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, Dallagnol defende as chamadas "dez medidas contra a corrupção" propostas pelo Ministério Público e diz ter ficado surpreso com a repercussão negativa do power ponit elaborado pela Lava Jato apontando que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era o chefe do esquema de corrupção investigado pela força-tarefa.

"No entendimento da força-tarefa, lastreado nas provas colhidas ao longo daquela apuração, cabia a Lula o comando do esquema criminoso. É usualmente mais difícil provar a responsabilidade do chefe. (...) O fato é que os contornos da corrupção na Petrobras indicavam que, sem a participação ativa do ex-presidente, o esquema não poderia ter acontecido. (...) Seguindo o padrão das [entrevistas] coletivas anteriores, para dar a ideia de conjunto probatório, foi preparada uma representação gráfica dos indícios que apontavam para a posição central do ex-presidente no esquema. (...) [Mas] a repercussão negativa e imediata nos pegou de surpresa. Difundiu-se a ideia de irracionalidade da acusação. Uma frase jamais dita por nós viralizou, como se tivesse sido pronunciada: 'Não temos prova, mas temos convicção'. (...)" escreve.

"Os dias seguintes foram bastante pesados. Para além das críticas que tinham um propósito nitidamente construtivo, muitas mentiras foram publicadas nas redes sociais. (...) A repercussão negativa foi fruto de conjunção de fatores que deram espaço para uma interpretação equivocada das ações da força-tarefa, como a minúcia da explicação do papel de Lula no esquema embora ele não estivesse sendo acusado por formação de organização criminosa", detalha Dallagnol.

No texto, ele afirma ter sofrido pressão do PT, mas que a Lava jato também temia a interferência que seria exercida pelo PMDB após Michel temer chegar ao poder por meio do impeachment. "A Lava Jato tinha sofrido intensa pressão no fim do governo do PT. Tudo indicava - -como esperávamos-- que as pressões não diminuiriam ao longo da nova gestão. Pelo contrário, poderiam piorar. À medida que o número de políticos investigados crescesse, a ideia de 'estancar a sangria' [em referência a uma gravação do ex-ministro e senador Romero Jucá (PMDB-RR) feita pela PoLícia Federal] ganharia mais e mais partidários, e já víamos as primeiras evidências disso", afirma.



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