247 - Enquanto o Judiciário brasileiro blinda o senador Aécio Neves, persegue o ex-presidente Lula. É o que aponta o jornalista Joaquim de Carvalho, em reportagem no Diário do Centro do Mundo, que destaca que, "no país onde Gilmar se porta como advogado de Aécio, Moro é acusador de Lula".
"No futuro, quando os historiadores estudarem a Operação Lava Jato e seus desdobramentos, bastará comparar o tratamento judicial recebido por dois políticos de expressão nacional para verificar que houve dois pesos e duas medidas. Para um, Aécio Neves, tratado como amigo, tudo em benefício. Para outro, o ex-presidente Lula, tratado como inimigo, os rigores da lei ou, às vezes, só rigores, apesar da lei", escreve Carvalho.
Ele lembra que Gilmar suspendeu o depoimento de Aécio no caso Furnas - "segunda vez que o ministro atua no sentido de poupar o presidente nacional do PSDB nessa investigação" - "Lula, obrigado pelo juiz Sérgio Moro a comparecer à Justiça até para acompanhar a audiência com testemunhas, teve o depoimento também adiado, mas por outra razão".
"Em um caso, o de Aécio, procura-se proteger o investigado dos rigores da investigação. Em outro, o de Lula, constranger os atos populares que poderiam se contrapor aos abusos do processo. Em outras palavras, em um caso a Justiça, como instituição, se coloca em defesa do investigado. Em outro, contra o investigado", analisa. Leia aqui a íntegra.
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