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CUNHA PERDE A PACIÊNCIA E AMEAÇA DELATAR TEMER



247 - Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, vem dando sinais de que perdeu a paciência e, mais uma vez, envia sinais cifrados de uma possível delação.

Como quem não quer nada, Cunha (PMDB-RJ), narra a anedota a agentes penitenciários do Complexo Médico Penal (CMP) de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. O breve relato logo se espalha como ameaça de delação premiada, mais uma entre muitas já feitas por Cunha.

Na fala do ex-deputado o presidente Michel Temer, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e o senador Romero Jucá (ex-ministro do Planejamento), todos do PMDB, figuram como personagens de uma historinha infantil em que o próprio Cunha aparece como o único injustiçado.

As informações são de reportagem do Valor.

"Mas as mensagens são dúbias. Até os mais próximos consideram difícil entender aonde Cunha quer chegar. Para o Ministério Público, o ex-deputado continua impassível. Os que o visitam asseguram que ele segue negando qualquer intenção de fechar uma colaboração. Amigos avaliam que ele estaria fazendo contas, deduzindo de sua hipotética sentença os benefícios que a lei garante, como redução de pena e progressão de regime. Quem sabe ele poderia beneficiar-se de um habeas corpus. Ou, no futuro, até mesmo de eventual mudança no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o momento da prisão. Atualmente, a corte considera que o preso pode cumprir sentença a partir da decisão de segunda instância, o que acelerou muito o cumprimento das penas no Brasil. Há conversas em curso, porém, para tentar convencer o STF a voltar à conclusão anterior pela qual a prisão só podia ocorrer após esgotados todos os recursos nas instâncias do Judiciário, inclusive o Supremo.

Preso desde dezembro no CMP, quando foi transferido da carceragem da PF em Curitiba, Cunha é descrito pelos que transitam no local como de personalidade difícil. Recusa-se a respeitar a ordem hierárquica do presídio, onde, para os presos da Operação Lava-Jato, inverte-se o arranjo da pirâmide social. O ex-presidente da Câmara não esconde indignação por receber ordens de um agente penitenciário. Gasta boa parte do tempo lendo e relendo seus processos. Aproveita para estudar procedimentos de outros presos, como os do ex-ministro José Dirceu, que compartilha o mesmo hábito.

Dirceu, ao contrário, é descrito como um homem cortês, conhecedor das regras do cárcere."




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