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CUNHA PEDIU DINHEIRO PARA GOVERNADOR DO TOCANTINS, DIZEM DELATORES



Tocantins 247 - Os executivos da Odebrecht Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira, delatores da Operação Lava Jato, apontam que o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pediu dinheiro para o governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), em 2010. Os depoimentos foram prestados à Procuradoria-Geral da República.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin afirmou que, "segundo o Ministério Público, os colaboradores narram, em suma, que, no ano de 2010, o Grupo Odebrecht efetuou repasse de valores ao então candidato ao governo do Estado de Tocantins Marcelo de Carvalho Miranda". O relato é do blog do Fausto Macedo.

"Tais pagamentos foram realizados a pedido do ex-deputado Federal Eduardo Cunha, com o propósito de proteger interesses da empresa, sendo que as tratativas eram celebradas com o assessor de Marcelo Miranda, Herbert Brito", disse ele. "Registro que a presente deliberação não importa definição de competência, a qual poderá ser avaliada nas instâncias próprias", observou Fachin.
Fachin determinou o levantamento do sigilo dos autos e mandou enviar os depoimentos dos delatores para o Superior Tribunal de Justiça. O governador Marcelo Miranda possui foro por prerrogativa de função junto ao STJ.

Cunha está preso na Lava Jato desde outubro de 2016. O ex-deputado foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a 15 anos e 4 meses por corrupção e lavagem de dinheiro.

Em nota, Miranda afirmou, através de sua assessoria, "foi somente citado, não houve indiciamento". "Mas vale considerar que todas as doações de campanha do governador foram feitas de forma legal, devidamente declaradas e as contas aprovadas", disse.

Outros nomes do TO

Também aparecem na lista da Fachin o prefeito de Gurupi, Laurez Moreira (PSB), e o de Araguaina, Ronaldo Dimas (PR), com casos encaminhados ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).

Outros nomes integram a lista como o ex-deputado estadual Marcelo Lelis (PV), o deputado Estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM) e o ex-governador Siqueira Campos (sem partido), casos dirigidos ao TRF1; e o ex-governador Sandoval Cardoso (SD). Neste último caso, o processo foi remetido para a Justiça Federal do Tocantins.

Os ex-prefeitos de Taguatinga Eronildes Teixeira de Queiroz e Zélia Queiroz também integram a lista e responderão junto ao TRF1.

O ex-deputado federal Júnior Coimbra aparece na mesma petição do também ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e os dois também responderão junto ao TRF1.

O deputado federal Irajá Abreu (PSD), filho da senadora Kátia Abreu (PMDB), é mais um nome da lista.




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