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Várias cidades em São Paulo suspendem o serviço do SAMU alegando crise



Alegando queda na arrecadação, e sempre garantindo primeiro os serviços da dívida pública e depois a saúde, a educação, as aposentadorias, diversos munícipios paulistas suspenderam os serviços de SAMU. Não há mais socorro emergencial. Os feridos que morram, a não ser que tenham algum plano de saúde privado que inclua serviços de resgate.
Em 2016, o Samu atendeu 11 mil chamadas, resultando em 7,3 mil atendimentos efetivos. Segundo estimativas de gestores do serviço em 5 das 17 regionais paulistas, um de cada cinco municípios está inadimplente ou com ambulâncias paradas por falta de manutenção. As prefeituras reclamam do alto custo e cobram mais participação de Estado e do governo federal. Um jogo de empurra onde a saúde da população é o que menos importa.
No dia 7, a prefeitura de Pindamonhangaba, por exemplo, saiu do consórcio que gerenciava o Samu na região do Vale do Paraíba, deixando para trás uma dívida de R$ 2 milhões. A base operacional foi desativada e os 30 funcionários, demitidos. "Estamos realinhando os custos para manter os serviços sem prejuízo no atendimento", disse o prefeito de Taubaté, Ortiz Junior (PSDB), presidente do consórcio.
Já os 13 municípios que integram o consórcio de Ourinhos chegaram a discutir o fechamento do Samu no ano passado, em razão da inadimplência, conforme o prefeito Lucas Pocay (PSD). "Várias prefeituras, até Ourinhos, estavam com parcelas do rateio em atraso. Tivemos de fazer uma readequação, com a troca da coordenação regional, e hoje a situação continua difícil, mas em dia."
Até mesmo o precário serviço de "Motolâncias" está em xeque
Em Campinas, as nove "motolâncias" - motos de socorro mais rápidos que levam os socorristas até a ocorrência - estão paradas desde 2014. Também estão fora de uso 20 das 24 ambulâncias por falta de condições para rodar. A prefeitura informou que outras seis viaturas devem entrar em operação nos próximos dias e aguarda a reposição da frota pelo Ministério da Saúde. Foi aberta a contratação de operadores para as ambulâncias, mas sem prazo.
Na região de Sorocaba, de 12 municípios previstos, 4 desistiram de integrar o Samu. De acordo com a prefeitura de Sorocaba, gestora do sistema, entre os oito que ficaram alguns já apontaram que estão tendo dificuldades para manter o serviço, mesmo não participando do rateio das despesas da central de regulação. "Há um déficit de cinco médicos, 1 enfermeiro e 16 telefonistas para completar a escala nas funções, o que demanda horas extras e ajustes constantes", informou em nota.
Em Sumaré, das cinco ambulâncias, duas estão em manutenção. A prefeitura informou que a nova gestão, ao assumir em janeiro, encontrou os veículos abandonados na garagem e conseguiu uma parceria para consertar os veículos.
Em Santos, a prefeitura alugou oito ambulâncias para substituir veículos que estão parados para manutenção. Apenas quatro viaturas da frota própria estão operando. "A prefeitura segue pleiteando o envio de novas viaturas pelo Ministério da Saúde, mas, desde o ano passado, registrou três recusas", informou em nota.
Em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, a prefeitura decretou calamidade financeira e o Samu foi afetado. Das cinco ambulâncias, duas estão paradas. Para piorar, uma auditoria do Ministério da Saúde constatou instalações inadequadas e precárias condições de trabalho. O repasse mensal de R$ 120 mil foi suspenso.
A situação de emergência na saúde pública afetando até mesmo os resgaste emergenciais do SAMU escancaram como a prioridade dos governos está na dívida e outros gastos para os "seus" e não com os direitos e necessidades da população.
Com informações da Agência Estado
Fonte: esquerdiario

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