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PLANO EMERGENCIAL DE LULA PREVÊ ALONGAR DÍVIDAS DE EMPRESAS E FAMÍLIAS



247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem se reunido todos os meses com um grupo entre 10 e 15 economistas, a maioria ligados à Unicamp, para articular propostas voltadas à retomada do crescimento econômico e ao combate do desemprego. Os encontros no Instituto Lula, que no ano passado eram voltados à discussão da conjuntura, são destinados agora à construção de um chamado "plano emergencial" para o país.

As divergências dentro do grupo sobre as melhores propostas para o país sair da crise não são poucas. Mas, segundo relatos, há convergências em torno de medidas para alongar a dívida do setor privado e, ao mesmo tempo, promover políticas de estímulo de retomada da renda.


"Segundo relato do economista Luiz Gonzaga Belluzzo, um dos participantes, as reuniões são divididas em duas partes: uma é a da discussão livre de medidas de curto prazo e a outra de mudanças estruturais, 'para as reformas de fundo que precisam ser feitas para redimensionar a relação entre o setor privado e o estatal', em suas palavras. As ideias são colocadas, mas a intensidade do debate dentro do grupo faz com que o conjunto de discussões esteja longe do esboço de um plano de governo. "Há algumas premissas gerais, como a preocupação de todos em formular medidas que, caso aplicadas, poderiam reaquecer a economia', diz Belluzzo.

Da ala da Unicamp estão além de Belluzzo, Luciano Coutinho, Jorge Mattoso, Ricardo Carneiro, Marcio Pochmann, André Biancarelli, Pedro Rossi e Guilherme Melo. Da Fundação Getulio Vargas (FGV) estão os ex-ministros da Fazenda Nelson Barbosa e Guido Mantega, que participou de um encontro. Mantega é investigado pela Operação Lava-Jato e foi citado na megadelação dos executivos da Odebrecht, de acordo com relatos de investigadores.

Ainda estão no grupo Laura Carvalho, da Universidade de São Paulo (USP), e Esther Dweck, formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ex-integrante da Secretaria de Orçamento de Finanças e uma das responsáveis por assessorar a ex-presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment.

No comando do grupo está o ex-secretário especial da Presidência Marco Aurélio Garcia, professor aposentado do departamento de História da Unicamp. Participam também, em alguns encontros, os ex-ministros Luiz Dulci e Paulo Vannuchi, dirigentes do Instituto Lula."




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