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NÃO DÁ PRA NÃO INVESTIGAR TEMER



247 - Bem que eu desconfiei que tinha alguma coisa errada naquela parte da delação em que Yunes diz que recebeu, em seu escritório de São Paulo, um "pacote com documentos", a pedido de Padilha das mãos de Lúcio Bolonha Funaro, operador de Cunha.

Outro ex-diretor e hoje delator da Odebrecht José Carvalho Filho aparece nos jornais de hoje dizendo que quem entregou o tal pacote a Yunes foi um emissário da Odebrecht e não Funaro.

Está na hora, portanto, de Yunes dar um retoque na sua delação, que ainda tem alguns furos.

Ele disse que tudo começou com um telefonema de Padilha perguntando se ele poderia receber um "pacote com documentos" em seu escritório que outra pessoa passaria lá para pegar.

Ora, se era um assunto de interesse de Padilha por que ele acionou um amigo de Temer em São Paulo e não um amigo seu em Porto Alegre? Ou será que ele acionou um amigo de Temer porque o assunto era de interesse de Temer?

Outra revelação de hoje do novo delator da Odebrecht corrobora essa última hipótese ao informar que outro pacote foi entregue no escritório de Padilha, em Porto Alegre.

Faz muito mais sentido um pacote de interesse de Temer ser entregue em São Paulo, onde mora e tem escritório e o de interesse de Padilha, em Porto Alegre, onde mora e tem escritório.

O episódio é desdobramento do jantar no Palácio do Jaburu, a 28 de maio de 2014, no qual Temer pediu dinheiro ao empreiteiro Marcelo Odebrecht.

Na época, Temer era vice-presidente da República; Padilha, deputado federal do PMDB e Yunes, um amigo de Temer.

Um assunto de tal relevância deveria merecer uma atenção imediata da Justiça, por colocar sob grave suspeita o atual presidente da República e o seu principal ministro, o que afeta a credibilidade do país e de todos os brasileiros.

Não dá pra não investigar Temer.

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