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Ministro do TSE diz que caixa dois de Aécio só tem relevância histórica


Por Fernando Brito, editor do Tijolaço

O Brasil é uma comédia.

Está na Folha:

O ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedito Júnior, o BJ, disse em depoimento ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta quinta-feira (2) que a empreiteira baiana doou R$ 9 milhões em caixa dois para campanhas eleitorais após pedido de Aécio Neves, em 2014, quando o tucano concorreu à Presidência da República.

O depoimento foi dado no processo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que investiga irregularidades da chapa eleita naquele pleito, com Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB).

Segundo a reportagem, a Odebrecht repassou R$ 6 milhões para serem divididos pelas campanhas de Pimenta da Veiga, Antonio Anastasia e Dimas Fabiano Toledo Júnior (filho de quem Alberto Youssef e Delcidio do Amaral disseram ser o “mada de Aécio em Furnas). E outros R$ 3 milhões foram para o publicitário Paulo Vasconcelos, responsável pela campanha presidencial de Aécio Neves.

Mas o ex-executivo da Odebrecht não pôde detalhar a acusação de caixa dois para Aécio porque foi interrompido pelo ministro Herman Benjamin, relator do processo no TSE.

“Segundo o ministro, os detalhes da doação a pedido do tucano não são pertinentes ao caso, que investiga apenas a chapa Dilma-Temer, apesar de terem, de acordo com ele, “relevância histórica”

“Relevância histórica”, vejam só.

Quem sabe, no ano de 2030, os compêndios escolares possam dizer assim: a Odebrecht financiou as campanhas de Dilma e Aécio, mas a justiça resolveu que só Dilma deveria ser punida, porque o financiamento a Aécio só tinha “relevância histórica”.

Mas nem isso, porque Aécio Neves, o mais rejeitado político brasileiro depois de Eduardo Cunha, tornou-se uma “irrelevância histórica”.



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