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Doria também quer privatizar Samu



O prefeito João Doria dá mostra de que aprontará mais uma contra a população trabalhadora de São Paulo, desta feita, no âmbito da já cambaleante saúde pública.
De acordo com declarações de trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) o prefeito pretende transferir a gestão destes serviços às Organizações Sociais de Saúde que, coincidentemente, foram criadas durante o governo do seu colega e golpista de partido Fernando Henrique Cardoso no ano de 1998, através da Lei 9.637.
Se se tomar como parâmetro que partiu do PSDB a iniciativa de criação desta Lei, posteriormente sancionada por FHC, não tardará para Doria dar o golpe de misericórdia no SUS (Sistema Único de Saúde) através da transferência da gestão do Samu para as OSS, entenda-se, para os tubarões da iniciativa privada.
A referida lei foi apenas uma das tantas que FHC criou para entregar aos setores privados a gestão de diversas políticas públicas tal como dispõe o artigo 1º, da citada lei, ao referir que: “O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.”
O prefeito golpista pretende desativar as bases espalhadas pela cidade e o pessoal passará a ficar à disposição da gestão em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA), entre outros equipamentos da rede municipal.
A transferência da gestão do Samu para as OSS segue o plano geral dos golpistas. O Ministro da Saúde de Temer, Ricardo Barros, que é cria dos planos de saúde, declarou, assim que assumiu, que este sistema deve dar lugar aos planos privados de maneira, e que o Executivo injetaria dinheiro nos referidos planos para viabilizar os planos populares de saúde.
A terceirização da gestão nos serviços de saúde através das OSS, Fundações privadas e Parcerias Público Privadas/PPP, constitui um dos principais objetivos dos golpistas, vez que traduz-se numa forma de garantir o lucro dos empresários da saúde.
Por outro lado a terceirização leva à destruição das condições de trabalho dos trabalhadores da saúde, assim como a perda de direitos trabalhistas, uma vez que os trabalhadores não tem direito a férias, décimo terceiro salário e, em breve, todos ficarão sem aposentadoria.
Só uma ampla mobilização contra o golpe de Estado será capaz de frear as reformas que estão sendo impulsionadas pelos golpistas, a exemplo do projeto da terceirização, o fim da previdência, a destruição da saúde e educação públicas, entre outras.

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