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O retrato da descrença no judiciário, mais um linchamento



Na última terça-feira (31), foi registrado mais um caso de linchamento, que desta vez acabou na morte do jovem Patrick Soares, de 20 anos na cidade fluminense de Duque de Caxias.
Patrick voltava de uma festa às 7 horas da manhã junto com o irmão de 16 e um amigo, em duas motos. Foi quando Patrick anunciou que iria assaltar uma mulher junto com seu amigo, o irmão tinha desistido do assalto e acabou indo embora.
Um pouco depois do anúncio do assalto, os moradores da região começaram a gritar “Pega ladrão” e pegaram Patrick, que foi imobilizado com a barriga para baixo e os braços e as pernas amarrados por fitas.
O irmão de Patrick decidiu voltar ao lugar do assalto e viu o que estava acontecendo. Não conseguiu sequer reagir, pois logo o grupo também o pegou, arrastaram pela rua e amarraram suas mãos avisando que ficariam amarrados até a polícia chegar.
Permaneceram nessa situação até chegar um homem dentro de um carro e perguntar do que se tratava. Ao saber que os moradores estavam esperando uma viatura, o mesmo homem, com a justificativa de não ter que dar trabalho aos policiais, sacou um revólver e deu seis tiros em Patrick. Os que tinham amarrados os dois jovens saíram correndo enquanto o homem foi em direção do irmão, até saber que ele não tinha tido participação no crime e acabou absolvido pelo homem.
A família de Patrick está inconformada com tanta brutalidade e acham que a população não poderia julgá-lo e que ele não teve chances de reagir ao ataque.
O caso de Patrick não é único e nem raro, no Brasil os linchamentos são diários segundo pesquisas. Em Duque de Caxias, há cinco meses, também houve linchamento igual ao de Patrick.
Os linchamentos se tornam cada vez mais comuns com o passar dos anos. O avanço da direita golpista está abrindo espaço para ações fascistas como a que ocorreu em Duque de Caxias.
Os golpistas ainda podem aumentar o número desse tipo de execução, com o incentivo de fazer que a população faça justiça com as próprias mãos e colocar a população contra a própria população ao realizar esses tipos de atos.

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