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Jucá diz que Moreira não é problema num governo que está todo na Lava Jato


247 – Sincero, o líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), voltou a usar nesta sexta-feira 3 a franqueza de quando revelou, em um telefonema, que o golpe que afastou Dilma Rousseff da presidência da República teve como objetivo "estancar a sangria" da Lava Jato.

Jucá tentou minimizar as críticas sobre a nomeação de Moreira Franco para o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência, pasta recriada por Temer, o que dá ao braço-direito do peemedebista, delatado na Lava Jato, a prerrogativa do foro privilegiado – ele deixaria de responder para o juiz Sérgio Moro, para prestar esclarecimentos apenas ao Supremo Tribunal Federal.

"Mencionado na Lava Jato, todo mundo vai ser de alguma forma, ainda mais quando querem dar essa visão geral de que toda doação de campanha é irregularidade", declarou Jucá. Vale lembrar, porém, que os integrantes do governo não serão denunciados por doação de campanha, mas por corrupção.

"Não vejo problema para o Moreira, Padilha nem comigo", completou o senador, referindo-se também à sua própria delação e à do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, os dois citados pela Odebrecht. Mais cedo, Padilha também negou que a nomeação seja uma blindagem a Moreira. A razão, segundo ele, é para Moreira ter mais prestígio no exterior. Temer disse que a nomeação de Moreira teve como objetivo "estruturar" o Planalto com um secretário-geral e que "Moreira sempre foi chamado ministro, embora fosse apenas secretário executivo".

Moreira Franco também disse que a subida ao cargo, e o consequente foro privilegiado de que passa dispor, não são uma forma de blindá-lo contra as investigações da Operação Lava Jato. "Não há absolutamente nenhuma tentativa de resolver uma crise política, um problema político, porque não estamos vivendo uma crise política", declarou. Ele foi delatado pela Odebrecht por propinas nas concessões dos aeroportos.

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