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A justiça do jeitinho



Para criminalizar o brasileiro, principalmente o pobre e o trabalhador, cunhou-se a expressão "jeitinho brasileiro", usada seletivamente para desdenhar dos arranjos muitas vezes legítimos, mesmo ilegais, que a criatividade de nossa gente arquitetou para conviver numa sociedade pornograficamente desigual, injusta, hipócrita, leviana...
Agora, com mais uma decisão de uma justiça historicamente de dois pesos e duas medidas, um magistrado deu nova aplicação ao termo: um jeitinho para resolver a situação do "angorá", da camarilha golpista.
Segundo decisão do juiz, o nobre ministro do ilegítimo poderá ser mantido no cargo, mas perde o foro privilegiado. É mais ou menos assim: o sujeito praticou um crime; é condenado à prisão mas, sendo da turba do rei, pode cumprir uma prisão domiciliar.
Esse jeitinho justiceiro poderá ser confirmado por um togado supremo; daquela excelsa corte que tem coronel e poderá receber nos próximos dias um plagiador do "barco do amor", depois da devida vênia de senadores que compartilham com o novo parceiro justiceiro as mesmas qualidades curriculares.
A esculhambação nessa república das bananeiras transforma, diuturnamente, Al Capone e seu bando num simples estagiário.
Enquanto isso, pavões justiceiros de toga, aliados à mídia inquisitorial da casa grande, continuam a praticar o terrorismo da operação lavajato, que não lava a lama dos amigos tucanos, peemedebistas e seus aliados bandoleiros.
Sem moral, as instituições e as autoridades perderam quase tudo; mas continuam agarradas nas artimanhas da justiça para se manterem onde estão.
E com os jeitinhos justiceiros, "la nave va"... mesmo que seja para o precipício, levando junto toda uma nação que assiste em berço esplêndido, salvo exceções, um espetáculo dantesco que, dia após dia, tem cenas horripilantes.
Fonte: brasil247

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