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Uma morte muito, mas muito suspeita


Na última quinta (19), o Ministro do STF Teori Zavascki, foi vitimado mortalmente em um acidente de avião na cidade litorânea de Paraty no estado do Rio de Janeiro. Desde a confirmação do óbito, na imprensa burguesa de uma maneira geral, especula-se desde quem deve ser o seu sucessor na Corte suprema e até sobre as circunstâncias suspeitas em que a morte aconteceu.
No Brasil, políticos e personalidades públicas de uma maneira geral, tem o estranho hábito de despencarem de aviões e helicópteros em momentos decisivos da política nacional. Os casos de Castello Branco, Eduardo Campos e Ulysses Guimarães nos dizem muito sobre esse mórbido costume.
Sem nenhum tipo de prova, que talvez se confirme ao longo dos tempos posto que não se pode confiar nos resultados das investigações das instituições burguesas, não é possível tecer nenhuma consideração sobre as reais motivações do acidente aéreo sofrido por Teori. No entanto, de uma maneira inicial, seria muito importante para a classe operária fazer um mínimo questionamento: a quem interessa a morte do ministro do STF?
No último ano, desempenhando o cargo de relator da “Lava Jato”, notabilizou-se publicamente por duas ações pontuais. A primeira foi determinar o afastamento de Eduardo Cunha do mandato de deputado federal; e a segunda foi anular as escutas ilegais feitas por Sérgio Moro de telefonemas entre Lula e Dilma, alegando para tanto que o juiz federal usurpou a competëncia do STF. Além disso, afirmou-se na grande imprensa de que Teori iria protocolar algumas investigações contra caciques da direita nacional nos próximos dias.
No entanto, de um ponto de vista geral, Zavascki vinha levando adiante uma política de apoio ao golpe e à operação golpista. Talvez não fosse o relator ideal para a direita, mas como acontece com os ministros do STF, que não são eleitos, acabam respondendo à pressões da direita.
O fato de ser um Ministro do STF já o qualifica como homem de confiança da burguesia. Contudo, em tempos de grave crise do capitalismo, o imperialismo não tem espaço para seus seguidores de confiança, mas apenas para os de plena confiança. A única coisa que podemos afirmar, de maneira concreta, é que a morte de Teori Zavascki se deu de uma forma muito, mas muito suspeita.

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