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Prestes a ser preso, Eike já quis denunciar caixa 2 do PSDB



Jornal GGN - Eike Batista é uma das estrelas da mais nova fase da Lava Jato, a Operação Eficiência, que deveria cumprir mandado de prisão nesta quinta (26), não fosse o fato do empresário estar fora do País. Eike, que prometeu se entregar às autoridades, é acusado de pagar propina ao ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral em contas no exterior, por meio de empresas de fachada.

A grande mídia aproveitou o atual episódio para lembrar que o empresário buscou a Lava Jato há alguns meses para relatar pagamento ao marqueteiro João Santana, que fez as últimas campanhas presidenciais do PT.

Eike disse que após um encontro com o ex-ministro Guido Mantega, que teria solicitado doação eleitoral, decidiu feito um contrato de prestação de serviços com a empresa de Santana para justificar a remessa de dinheiro ao exterior. No caso, o empresário argumentou que Santana, de fato, prestou uma consultoria em relação à política de investimentos na Venezuela. A Lava Jato, porém, acha que o contrato foi fictício.

O que os grandes jornais continuam escondendo é que, no mesmo encontro com os procuradores da Lava Jato, Eike, como prova de sua boa vontade em colaborar com as investigações, tentou entregar uma lista com doações eleitorais que suas empresas fizeram a políticos e partidos de todas as cores, de Cristovam Buarque a Aécio Neves. Algumas doações eram oficiais e registradas pelo Tribunal Superior Eleitoral, mas outras eram "privadas", dando a entender que teriam ocorrido via caixa dois.

Em setembro de 2016, o GGN mostrou que três minutos após entregar a lista a um dos procuradores informando seu conteúdo, Eike recebeu o documento de volta. A força-tarefa da Lava Jato não demonstrou nenhum interesse em ouvir nomes relacionados a partidos que não fosse PP, PMDB e PT.

Mesmo diante da proximidade da prisão de Eike Batista - que devo levá-lo a fechar um acordo de delação premiada mais amplo - a grande mídia, ainda assim, não abordou a tentativa de denunciar esquemas com o PSDB e aliados. Preferiu falar da pasta de dente que a nova companhia de Eike desenvolve, além da falta de diploma de ensino superior poder levá-lo a uma cela comum.

Com a colaboração, ainda que parcial, a defesa de Eike imaginou que estaria se antecipando a denúncias e mantendo seu cliente fora do alcance da Lava Jato. Porém, o núcleo que atua no Rio de Janeiro, sob a batuta do juiz Marcelo Bretas, decidiu mostrar que a operação está de volta das férias, e com a corda toda.

Bretas, aliás, figurou ao lado de Sergio Moro (Paraná) e Vallisney Oliveira (Brasília) numa lista que a Ajufe (Associação dos Juízes Federais) pretende entregar para o presidente Michel Temer, que precisa escolher um ministro para substituir Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal. Lauro Jardim informou em O Globo que como a consulta é informal e não campanhas de juízes federais ao Supremo, os favoritos à lista tríplice são os nomes ligados à Lava Jato.

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