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MPF denuncia 98 em Foz do Iguaçu por corrupção


Paraná 247 - O Ministério Público Federal (MPF) denunciou 98 pessoas na noite de segunda-feira (30) por suposto envolvimento em esquema de corrução na Prefeitura e na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O ex-prefeito Reni Pereira (PSB) está entre os denunciados. Ele é apontado como o líder de uma organização criminosa na qual se fazia o pagamento de "mensalinho" aos parlamentares em troca de apoio político. Também existe a suspeita de que agentes públicos recebiam propina com o objetivo de privilegiar o pagamento de empresas que tinham contratos com a administração municipal. São alvos da Justiça ex-secretários municipais, vereadores e empresários. O advogado do ex-prefeito, Rodrigo Sanches, disse que o seu cliente não é ouvido e que a denúncia está apoiada apenas nas palavras de delatores.

O MPF informou que a organização criminosa possuía um forte braço na área de saúde. Entre o final de 2014 e meados de 2015, o ex-prefeito pediu vantagem indevida de R$ 400 mil a uma empresa da área médica, além de repasse mensal de R$ 150 mil para favorecimento em licitação.
“No curso das investigações no bojo da 'Operação Pecúlio', coletou-se ampla prova acerca da existência de uma Organização Criminosa chefiada pelo Prefeito Reni Clóvis de Souza Pereira, infiltrada na Administração Pública Municipal, com o objetivo de obter, direta e/ou indiretamente, vantagens de natureza econômica e pessoal, mediante a prática de graves infrações penais, tais como corrupção ativa, passiva, peculato, fraude à licitação, dentre outras correlatas”, diz trecho da denúncia.
Dos 15 vereadores de Foz do Iguaçu, 12 foram presos - seis deles reeleitos - no dia 15 de dezembro de 2016, um dia após a diplomação. Dez parlamentares continuam na prisão. Entre eles, cinco reeleitos, que tomaram posse por determinação judicial. Além dos vereadores, seguem detidos três dos 85 réus da ação penal que resultou da operação. Eles respondem, entre outros, pelos crimes de peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude em licitações e organização criminosa.

Ao todo, 12 presos preventivamente deixaram a prisão após assinarem acordos de delação premiada. Além de empresários e do prefeito, foram presos secretários, diretores e servidores de carreira.
"Importante salientar que para operacionalizar o pagamento do 'mensalinho' e compor o caixa da Organização Criminosa, era necessário o repasse de propina mensal dos empresários e prestadores de serviços da Prefeitura, que estavam inseridos na corrupção sistêmica existente em Foz do Iguaçu", dizem os procuradores que assinam a denúncia.

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