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Efeito Lava Jato: EUA assumem controle da Embraer sem pagar nada


O CAFEZINHO - Confira a notícia abaixo. Ela é boa para os coxinhas que defendem a privatização da Petrobrás achando que, assim, não haverá corrupção.

A Embraer foi privatizada há muitos anos e está sendo acusada, nos EUA, de corrupção. Coisa bem pesada.

Mas até aí tudo bem. A empresa foi acusada de corrupção e tenta hoje se corrigir.

O bizarro é a solução encontrada.

A empresa, outrora uma orgulhosa estatal brasileira, a partir de agora será vigiada, por dentro, por um executivo de um escritório de advocacia norte-americano.

O Estadão fala ainda que Petrobras e Braskem “se espelham” no modelo da Embraer.

Os EUA, que fazem as guerras mais corruptas do mundo, nas quais matam milhões de pessoas, destroem toda a infra-estrutura dos países, apenas para que suas empreiteiras e outras empresas possam arrancar, do contribuinte americano, algumas centenas de bilhões de dólares para a reconstrução, ensinarão às empresas brasileiras como se manter longe da corrupção…

EUA, o país mais corrupto do mundo, é o novo guardião anticorrupção das empresas brasileiras.

Naturalmente, esse monitoramento implica interferência nos negócios e prejuízo à soberania da empresa e do país.

É importante observar que a Embraer representa a ponta mais avançada da indústria brasileira. Através de fartos financiamentos do BNDES e outras linhas públicas, a Embraer conseguiu se firmar como uma das maiores exportadoras mundiais de aviões de pequeno e médio porte.

Apesar de privada, a Embraer é um patrimônio nacional, assim como é a Petrobrás, assim como era Odebrecht. E agora será “vigiada” de dentro por americanos.

Esse golpe, que contou com ajuda da Lava Jato, sacrificando nossas empresas no altar do departamento de justiça do governo americano, está cada vez mais parecendo uma operação de domínio colonial.

Com essa intervenção, pode-se afirmar que os EUA assumiram o controle da nossa maior empresa de aviação, sem investir um centavo do próprio bolso.

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Embraer será vigiada por americano

Alexandre Rene, do escritório Ropes&Gray, passará três anos monitorando a empresa

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) definiu na terça-feira, 24, que o advogado Alex Rene, do escritório americano Ropes&Gray, será o monitor externo da Embraer. Rene vai vigiar a fabricante de aviões pelos próximos três anos, fiscalizando as regras de compliance que serão implantadas na companhia. Sua função também é reportar qualquer novo indício de corrupção que encontre.

A empresa brasileira fechou em meados do ano passado um acordo com as autoridades americana e brasileira para evitar ser processada por casos de pagamentos de propina para obter contratos de venda de aviões em países da América Central e Ásia, entre 2007 e 2011. O caso foi descoberto há seis anos e somente no ano passado teve um desfecho. A multa estipulada foi de US$ 206 milhões, cerca de R$ 680 milhões.

A exigência de um vigilante foi feita pela Justiça americana, que quer ter certeza de que a companhia vai mudar suas práticas e ter regras fortes para evitar novos casos de corrupção. O monitor é pago pela própria companhia e terá acesso total a qualquer documento, qualquer equipamento ou a qualquer pessoa da companhia ou prestador de serviços, sem precisar de aviso prévio.

Funcionários de empresas que já tiveram um monitor externo relatam que a vigilância é acirrada, até com um certo clima de terror, e deixa toda a companhia apreensiva. A Embraer é a primeira companhia brasileira a ter esse tipo de vigilância por determinação da Justiça americana, mas não será a única. A Odebrecht e a Braskem que recentemente fecharam acordo com o Departamento de Justiça também terão que contratar monitores.

Todas elas terão que ser vigiadas por três anos, que é uma espécie de “pena máxima” imposta pelo Departamento americano. Algumas empresas precisam de apenas 18 meses e outras sequer têm monitor, porque conseguem provar que já se adaptaram à lei anticorrupção, segundo contam advogados. Depois de três anos, ainda é possível que o prazo seja prorrogado por mais um tempo.

Pelo procedimento usual adotado pelo DoJ, são as próprias empresas que apresentem uma lista com três nomes, que passam então pelo crivo das autoridades americanas. O monitor escolhido para o caso Embraer trabalha em um escritório privado mas já foi procurador na divisão criminal no DoJ, apurando casos de lavagem de dinheiro e violações das regras anticorrupção.

Procurada, a Embraer não quis comentar o assunto.

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