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Apesar dos R$ 23 milhões na Suíça, Serra ainda quer a Presidência


247 - Beneficiário de propina de R$ 23 milhões em uma conta secreta na Suíça, segundo delatores da Odebrecht, o ministro de Relações Exteriores, José Serra, não descarta a possibilidade de disputar novamente a presidência da República. 

Em entrevista à revista IstoÉ, Serra diz, entretanto, que o partido deve deixar a discussão para meados de 2018. "Me parece fora de lugar neste momento discutir critérios. O grande desafio é fazer o país andar. Estamos ainda no começo do começo da reconstrução nacional. Tudo o que precisamos é, em meados de 2018, chegar ao fim do começo. O que importa agora não é o debate sobre critérios de escolha de candidatos, mas sim trabalharmos unidos em função dessa meta", afirmou. 

Senador licenciado, afirma que apoiou a renovação do mandato do senador Aécio Neves (MG) para o comando de seu partido, mas nega que quisesse "enfraquecer outra candidatura". "Minha motivação foi manter a unidade do PSDB, evitando a antecipação de possíveis disputas internas que poderiam ocorrer em 2018. Mais ainda, essa unidade é fundamental para darmos força ao governo Temer, que precisa dar certo, pelo bem do Brasil. Posso garantir que minha intenção não foi, nem é, enfraquecer nenhuma possível candidatura presidencial tucana. Diante das dificuldades econômicas, políticas e até institucionais que o Brasil atravessa, 2018 é longuíssimo prazo. Acredite. Com relação ao Alckmin, lembro que desde a eleição de 1986 até a de 2014 estivemos sempre juntos. Isso vai se repetir em 2018", afirma.

Como ministro, Serra vai na contramão dos que acham que a eleição de Donald Trump à Presidência dos EUA será catastrófica para o mundo e para o Brasil. "Não estamos no radar polêmico-ideológico deles, incluindo a campanha de Trump. (...) Os EUA têm tido superávit e não déficit no comércio com o Brasil. Falando em linguagem não diplomática, não terão interesse econômico de criar ruído conosco, nem vice-versa. A ideia do governo Temer é propor uma agenda de negociações com os EUA em torno a possibilidades que se acumulam há muito tempo. Vamos praticar um ativismo diplomático pragmático. Escolher um grupo de questões entre dezenas que ficaram pendentes e propor negociações que possam avançar, se houver concessões recíprocas", disse o ministro. 

Leia na íntegra a entrevista de José Serra.

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