Janaína aproveitou a oportunidade para justificar sua passagem pelo governo FHCANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO |
Janaína Paschoal solicitou que os
senadores aceitem a íntegra da denúncia contra a presidente
A
jurista e advogada autora do pedido de impeachment ao lado de Miguel Reale Jr.
e Hélio Bicudo, Janaína Paschoal, defendeu o processo de afastamento nesta
quinta-feira (27), durante a Comissão Especial no Senado Federal. Em seu
pronunciamento de 30 minutos, a jurista se emocionou e pediu que o impeachment
seja aprovado pelas crianças do Brasil.
A
jurista critica as tomadas de empréstimo pelo governo para antecipar pagamentos
ao longo dos anos de 2014 e 2015, que embasaram o pedido de impeachment.t.
A
advogada afirma que o Senado Federal tem condições de analisar a denúncia
completa, não apenas as “pedaladas fiscais” em questão. Entre as informações
adicionais contra a presidente, ela afirma que existem comprovações que
envolvem as investigações da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de
corrupção da Petrobras.
—
Recebam minha denuncia na íntegra, mas se não entender assim, entendam que cada
um desses pilares tem crimes de responsabilidade e tem crimes comuns.
Autor do pedido de impeachment afirma que Dilma estava por trás das autorizações para as "pedaladas"
Janaína
disse que “vai lutar até o último dia pela Constituição Federal” e chegou a se
emocionar ao mencionar o livro que, segundo ela, foi desonrado pela presidente
Dilma Rousseff.
—
Quero que as criancinhas deste Brasil entendam que vale a pena lutar por este
livro sagrado.
A
jurista ressaltou ainda que nunca votou no PT, mas afirma que chorou quando a
presidente concedeu uma entrevista ao ser eleita e disse que tinha o sonho de
ser bailaria e questionou se Dilma a surpreenderia.
—
A bailarina se perdeu e não me deixou alternativa.
Durante
a leitura de sua apresentação, Janaína foi interrompida por diversas deves
pelos parlamentares que questionavam a autenticidade do processo. Para que ela
prosseguisse, foi solicitado que o som do plenário fosse cortado.
Defesa
pessoal
Janaína
utilizou o início de seu pronunciamento para justificar as acusações de que ela
teria alianças partidárias com o PSDB e PMDB, partidos favoráveis ao
impeachment da presidente.
—
Não quero mais ouvir que eu sou tucana. Não quero mais ouvir que eu tenho
partido.
Ela
esclareceu que trabalhou no ministério da Justiça durante o governo do
ex-presidente Fernando Henrique Cardozo, mas ressaltou que sequer apertou a mão
do tucano.
A
relação de Janaína com o PSDB foi questionada pela senadora Vanessa Grazziotin,
que questionou o recebimento de R$ 45 mil pela jurista para auxiliar na
produção da denúncia contra a presidente Dilma Rousseff. Em resposta à
senadora, a jurista disse que leu todo o material e entendeu que o caso era
passível para dar andamento ao processo.
Fonte:
r7
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