Fantoche
do senador democrata Ronaldo Caiado, o presidente do DEM de Goiânia, o médico
Sílvio Fernandes Filho deixou suas funções no Hospital das Forças Armadas para
ministrar duas aulas por semestre no Hospital das Clínicas da UFG, embora tenha
assinado o ponto todos os meses; anestesiologista, ele nunca entrou numa sala
de cirurgia na unidade, uma das poucas opções à população que procura
atendimento de saúde na capital goiana; TCU investiga o recebimento irregular de
salários entre setembro de 2013 e abril de 2015; líder do Movimento Brasil
Livre, que convocou protesto para este domingo em Goiânia, Silvio confirmou que
nunca anestesiou e ainda tentou intimidar o jornalista
Hélmiton
Prateado, de Goiânia
Aliado
do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), o anestesiologista Sílvio Fernandes Filho,
presidente do Diretório Municipal do Democratas em Goiânia e um dos
coordenadores do Movimento Brasil Livre e servidor contratado pelo Hospital das
Forças Armadas (HFA), esteve à disposição do Hospital das Clínicas da
Universidade Federal de Goiás (UFG) de setembro de 2013 a abril de 2015 como
anestesista, mas nunca atuou como médico dessa especialidade em nenhuma
cirurgia.
A
revelação consta de uma investigação sigilosa que técnicos do Tribunal de
Contas da União (TCU) fizeram sobre o período em que Sílvio Fernandes Filho
esteve lotado no HC-UFG. O médico foi colocado à disposição do Departamento de
Cirurgia para oficiar como anestesista e auxiliar nas intervenções cirúrgicas
dentro de sua especialidade, mas as folhas de ponto constam horários e dias em
que ele teoricamente esteve de serviço no hospital-escola, mas ele sequer
passou próximo de uma sala de cirurgia ou aplicou qualquer anestésico em
qualquer paciente submetido a intervenção cirúrgica no HC.
O
dossiê resultado da investigação revela que, em outubro de 2013, o coronel
Celso Ricardo de Souza Rocha, vice-diretor do Hospital das Forças Armadas,
apresentou à direção do Hospital das Clínicas o médico-anestesiologista Sílvio
Antônio Fernandes Filho, dos quadros daquele hospital, para ficar à disposição
do HC pelo prazo de um ano. Deveria ser informada sua frequência mensal para
fins de comprovação do serviço prestado e pagamento de seu salário.
A
cada mês era informada a suposta frequência do médico, com destaque para sua
especialidade: anestesiologia. Por um período, entre outubro de 2013 e janeiro
de 2014, o médico Sílvio Fernandes Filho apresentou-se como portador de
“incapacidade laborativa” e ficou de licença médica por 90 dias.
Após
o período de licença para tratamento, Sílvio Fernandes Filho foi integrado ao
corpo clínico do Hospital das Clínicas para trabalhar como
médico-anestesiologista. Entretanto, como atestam seus colegas médicos do Departamento
de Cirurgia, ele jamais atuou em qualquer intervenção. Para confirmar que ele
deveria ter atuado em alguma cirurgia, bastou que os investigadores buscassem
nos prontuários médicos de intervenções feitas nas várias salas de cirurgia do
Hospital das Clínicas, que ali deveria constar a assinatura do
médico-anestesiologista responsável e em nenhuma havia a assinatura de Sílvio
Fernandes Filho.
As
folhas de ponto indicam que ele, em tese, trabalhava alguns dias em uma jornada
de trabalho de oito horas e que sua lotação seria no Departamento de Cirurgia.
“Realmente, nunca participei de nenhuma cirurgia, apenas ficava a disposição do
departamento, mas não fazia anestesia”, cofirmou o médico Sílvio Fernandes
Filho.
Alternativa
Segundo
Sílvio Fernandes, ele realmente assinava os pontos como se desse expediente,
mas cumpria outras funções em outros dias e horários. Suas atividades seriam
alternativas como elaborar relatórios ou eventualmente até mesmo ministrar
alguma aula para alunos do curso de medicina. “Ele dava em média duas aulas por
semestre para justificar sua presença nas dependências do Hospital das
Clínicas”, afirmou um médico-professor que pediu para ser mantido no anonimato.
Outro
profissional lembrou que Sílvio Fernandes Filho dizia que iria montar um
“ambulatório de dor” que nunca saiu do papel e que também era citado por ele
como sendo serviço prestado sem jamais sê-lo. “O que nos causava muita
estranheza era o fato de profissionais sérios como o professor Antônio
Fernandes Carneiro, chefe do Departamento de Cirurgia ou o doutor Luiz Antônio
Brasil, atestarem a regularidade dos pontos e serviços do doutor Sílvio
Fernandes, sendo que nós sabíamos que ele não trabalhava”, lamentou.
Todos
os profissionais que a reportagem conversou no Hospital das Clínicas pediram
para não serem identificados porque a fama de truculento e perseguidor do
médico Sílvio Fernandes Filho ainda é viva na memória deles.
Em
março de 2015, surgiram as primeiras denúncias de que Sílvio Fernandes Filho
não trabalhava e ele foi chamado à direção do HC. Os médicos do Departamento de
Cirurgia lembram que Sílvio tentou se esquivar da responsabilidade dizendo que
ministrava duas aulas por semestre e que isto elidiria sua obrigação de
trabalhar como anestesiologista. Quando cobrada sua permanência no departamento
para o qual fora colocado à disposição – cirurgia e fazendo anestesia – os
médicos, inclusive outros anestesistas, afirmam que ele alegou ser
impossibilitado de atuar como anestesista porque a Cooperativa dos Anestesistas
o ameaçara de retaliar profissionalmente se ele fizesse anestesias no HC,
vetando anestesias no hospital onde ele era sócio, o Hospital Premium.
Os
outros anestesistas do HC torceram o nariz para essa afirmação e negaram que a
Cooperativa usasse de um expediente tão intimidador e ilegal como esse.
“Ninguém em sã consciência impediria um profissional de atuar em sua área
específica em um hospital público para privilegiar somente seu hospital
particular. Isso é pura balela de quem não queria mesmo trabalhar”. Os demais
anestesistas se mobilizaram para cobrar uma posição legal e legítima da
Cooperativa e impedir essa suposta intimidação.
Como
mentira tem pernas curtas, no dia seguinte a essa movimentação Sílvio Fernandes
pediu seu retorno para o Hospital das Forças Armadas. Isso se deu em 13 de
abril de 2015. Um ofício do General de Divisão Médico Túlio Fonseca Chebli,
diretor do Hospital das Forças Armadas, requisitou o retorno de imediato do
servidor Sílvio Antônio Fernandes Filho para “cumprimento da legislação em
vigor”.
Hoje
o médico Sílvio Antônio Fernandes Filho está à disposição do Tribunal Regional
do Trabalho, lotado no Serviço Médico como clínico geral. Ele dá expediente de
segunda-feira a sexta-feira das 13 às 16 horas e a direção informa que lá ele
não tem liberalidade nenhuma. “Aqui não tem conversa, tem de trabalhar direito
ou retorna para seu lugar de origem”, disse um funcionário do departamento
médico que cuida da frequência de Sílvio.
Ele
abandonou a anestesiologia e seus colegas dizem que a razão dele não atuar em
nenhuma cirurgia no Hospital das clínicas é que ele simplesmente já não sabe
mais anestesiar nem um dedo cortado para sutura.
No
TRT-18 foi informado que ele cursa uma pós-graduação em perícia médica o que
interessou o Tribunal em tê-lo como médico em seus quadros.
Tremor
Procurado
pela reportagem, o médico começou negando que não trabalhasse como
anestesiologista. Com a voz trêmula, ele disse a todo instante que o repórter
poderia fazer a matéria como interessasse porque ele não iria dizer nada e que
teria a consciência tranquila. Adiante na conversa, confirmou que realmente não
fez nenhuma anestesia e não participou de qualquer cirurgia, função para a qual
era contratado e para onde esteve à disposição no Hospital das Clínicas.
Tentando
intimidar o repórter, ele disse que essa denúncia se trata de “perseguição de
petistas” e que este jornalista também se enquadra nessa categoria política.
Quando indagado sobre os horários em que ele atestava que estava em serviço no
HC e sobre suas ausências no hospital-escola, ele disse que eventualmente
flexibilizava os horários que deveria estar no serviço porque “cuidava de
outros afazeres” a mando de seus superiores.
Sílvio
Fernandes Filho reafirmou ao final da conversa que não tem qualquer preocupação
quanto a uma investigação do Tribunal de Contas da União e interrompeu a
conversa dizendo que estava participando de uma reunião e que retornaria mais
tarde. Não retornou.
Fonte:
brasil247
17 Comentários
Vamos botar a boca no trombone, corrupção vamos acabar com esse câncer
ResponderExcluirOs heróis da elite golpista estão caindo um a um. Corruptos e dissimulados.
ResponderExcluirSe faz parte do staf do Caiado, nem é preciso falar mais nada!!!
ResponderExcluirPicareta,vindo do Dem, se espera tudo
ResponderExcluirSó tem canalha nesse golpe.
ResponderExcluirPara quê que um tribunal precisa de médico?
ResponderExcluirEle é do Hospital das forças armadas, porém nunca trabalhou lá e só assina o ponto
ExcluirNossa!!! A máscara do pelego caiu.
ResponderExcluirSão todos picareta qual a moral que esse caiado tem para podir a saída da Dilma.amoral deste caiado é uma fase cheia de merda
ResponderExcluircomo este ai existe muitos outros mamando nas tetas dos governos estaduais, municipais, etc..., há muitos anos e ninguém faz nada para inibir esses ladrões do povo...
ResponderExcluireu jamais queria ser anestesiada por esse mala
ResponderExcluireu jamais queria ser anestesiada por esse mala
ResponderExcluirJamais queria ser anestesiada po esse makuco
ResponderExcluirJamais queria ser anestesiada po esse makuco
ResponderExcluirCAIADO, BANDIDO,ELEITO ATRAVES DE ROUBO QUE COITADOS NO SERTAO DE GOIAS E GRILHAGEM DE TERRAS,SO PODE TER CRIAS ASSIM ,OUTRO BANDIDO,NEM SE DEVE DEIXAR ELE ANESTESIAR,DEVE TER DIPLOMA FALSO,PERIGO.
ResponderExcluirEssa é a linhagem das pessoas que bradam pelo golpe. O rosário é imenso. Começa com Eduardo Cunha, passa pelos Gilmar Mendes, Janot, Moro, segue pelo Michel Temer, e ai vai... Geraldo Alckmin, José Serra, Aécio Neves, Eduardo Azeredo, Jair Bolsonaro, Feliciano, Malafaia, Paulinho (da força), e os demais achacadores. São sem sombra de dúvidas, a maior e mais bem estruturada "quadrilha" de corruptos que o Brasil possui. O comando vermelho e o primeiro comando da capital são fichinha diante desses aloprados.
ResponderExcluirOs que julgam hoje ilegalmente e de forma imoral, serão julgados amanhã! Quem viver verá!
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